28 de março de 2008

Nova companhia aérea: tarifa baixa e modernidade


A proposta da nova companhia aérea brasileira realmente é bem inovadora. Na verdade, será a empresa aérea mais moderna da América Latina, tanto em segurança quanto em entretenimento de bordo. Com relação à segurança, pode-se destacar, conforme publicado no site www.voceescolhe.com.br (criado para a escolha do nome de companhia), cada jato Embraer 195 (foto) da empresa será equipado com dois dispositivos moderníssimos, os HUD – Head Up Displays – que permitirão um significativo aumento na segurança operacional. Esses dispositivos funcionam projetando informações fundamentais sobre os vidros adiante dos pilotos. Desta forma, eles podem trabalhar com mais segurança, sobretudo em condições de baixa visibilidade. A nova empresa será a única no mundo a operar com HUDs duplos, para ambos os pilotos, em 100% da frota. Já com relação à inovação em entretenimento de bordo, destaca-se TV ao vivo, em monitores individuais, através da instalação de um sistema via satélite da LiveTV, assim, os passageiros vão poder assistir jogos de futebol, novelas, noticiários, de canais abertos ou a cabo, a 36.000 pés de altitude.

O conforto será outro quesito no qual a empresa se destacará, pois na configuração escolhida pela nova empresa, os Embraer 195 terão 118 poltronas dipostas em quatro assentos por fileira, posicionados dois-a-dois – sem a famigerada poltrona do meio. Ou seja: a única dúvida será escolher entre poltrona na janela ou no corredor. Todos os assentos serão revestidos em couro ecológico. Além disso, as aeronaves contarão com mais espaço entre as fileiras do que qualquer outra empresa aérea brasileira. E uma coisa muito importante também, os passageiros não serão submetidos a passar fome (comendo barrinhas de cereal), pois ainda conforme divulgado pela nova empresa, é o passageiro quem decidirá o que quer e quanto quer: "Uma generosa seleção de bolachas, salgadinhos, doces e outros snacks serão oferecidas por nossas tripulações em simpáticas cestas. Pode se servir à vontade. Em nossa empresa, você escolhe."

Por tudo isso, Neeleman se mostra bem entusiasmado com sua nova companhia ao afirmar o seguinte: “Este é o lugar certo na hora certa. Como bom brasileiro, estou muito feliz em voltar ao Brasil, lançando uma companhia aérea brasileira operando aeronaves brasileiras”.

Abaixo, seguem as notícias publicadas, respectivamente, nos sites Valor Econômico e Agência Estado sobre a apresentação à imprensa, em 27 de março, da nova companhia.

Fundador da JetBlue tem US$ 150 milhões para competir no país
VALOR ECONÔMICO (SP) • EMPRESAS • 28/3/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR

Marisa Cauduro/Valor

A segunda companhia aérea mais capitalizada do mundo, em seu lançamento, na história da aviação. A única, por enquanto, que operará aviões da Embraer em território nacional. Estas foram duas marcas que a companhia aérea brasileira do empresário David Neeleman obteve em sua apresentação oficial. Com capital de US$ 150 milhões, o criador da aérea americana JetBlue acredita que chega com força suficiente para enfrentar uma concorrência dura. Com um pedido firme de 36 jatos do modelo Embraer 195, inéditos em céus brasileiros, ele sustenta que abrirá caminho para uma enorme demanda reprimida. Num evento cheio de azul, verde e amarelo, embalados pela música "Aquarela do Brasil", Neeleman e uma equipe de executivos apresentaram um projeto com boa parte das peças que já eram imaginadas. Guardaram, no entanto, segredos estratégicos, como as rotas que pretendem operar ou o tamanho dos descontos que a empresa poderá oferecer. Também não revelaram os investidores envolvidos.

A nova companhia aérea, cujo nome será escolhido pelo público, começa a voar em janeiro de 2009 com três aviões operando vôos entre as principais cidades brasileiras sem fazer conexões em aeroportos que concentram tráfego - os chamados "hubs". O objetivo é oferecer não apenas mais vôos diretos do que a concorrência, como também diversas freqüências e opções de horário ao longo do dia. A empresa buscará espaços em aeroportos congestionados como Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont.

Dentro das aeronaves, o cliente encontrará os mesmo itens que se tornaram a marca da JetBlue nos EUA: televisões individuais, mais espaço entre os assentos e poltronas de couro. Neeleman promete, acima de tudo, segurança. "Nas quatro empresas aéreas que eu criei, nunca houve um acidente", disse. Ele também prometeu serviços rápidos e eficientes nos balcões dos aeroportos e na venda de bilhetes, que será feita majoritariamente pela internet.

Em relação aos preços, a empresa promete tarifas mais baixas do que a concorrência - mas algumas mais baixas, e não todas. Embora Neeleman tenha afirmado que as passagens no Brasil são cerca de 50% mais caras do que nos EUA e que poderiam ser mais baratas, sua companhia terá faixas de preço para todos os públicos. A inovação, segundo Neeleman, é que o intervalo entre a tarifa mais barata e a mais cara será maior do que as diferenças praticadas hoje por Gol e TAM. A nova empresa vai trabalhar fortemente com o chamado "yield management" (gerenciamento de receita). Com base em uma série de dados, o sistema permite definir os preços e a estratégia de vendas que geram a maior receita possível. Todas as companhias aéreas já o utilizam, mas Neeleman garante que a administração da JetBlue desenvolveu "truques" muito eficientes. Neeleman afirma que, tirando o combustível, os custos operacionais entre as empresas brasileiras e americanas são parecidas. As companhias nacionais, por outro lado, costumam dizer que a carga tributária, taxas de aeroporto e itens de manutenção inflacionam os custos no Brasil.

É por meio da combinação de serviços cômodos e algumas tarifas mais baixas que Neeleman pretende fazer o "bolo crescer" e atrair os 150 milhões de passageiros que ainda utilizam o ônibus em viagens interestaduais. "Uma análise do tamanho do PIB do Brasil em relação ao número de viagens aéreas mostra que há espaço para um mercado três ou quatro vezes maior no país", afirma. Em 2001, a Gol surgiu com um discurso semelhante e conseguiu fomentar demanda.

A chave para realizar os objetivos da empresa é o avião escolhido, considerado por Neeleman o equipamento "perfeito" para o mercado brasileiro. Enquanto os Embraer 195 da nova empresa terão 118 assentos, os Boeings e Airbus usados por Gol e TAM, respectivamente, têm no mínimo 140 poltronas e um máximo de cerca de 180. Com aviões menores, a nova companhia poderá fazer rotas diretas com uma demanda não tão elevada sem precisar concentrar tráfego em "hubs".

Existe no mercado, porém, uma dose de ceticismo sobre a capacidade de o jato da Embraer ter custos competitivos em relação aos aviões maiores, cujos gastos são melhor diluídos à medida que mais passagens podem ser vendidas. Ou seja, empresas como TAM e Gol poderiam oferecer preços mais baixos nas rotas em que competissem com a nova empresa. Neeleman e a Embraer, entretanto, defendem que o E195 tem plenas capacidades de competir. De acordo com Mauro Kern, vice-presidente de aviação comercial da Embraer, o jato tem um custo por assento "um pouco maior", mas seu custo por viagem "é de 15% a 20% menor" e permite que a operação seja mais rentável com menos passageiros.

Para decolar, a companhia ainda precisa obter sua concessão junto à Agência Nacional de Aviação Civil e prevê consegui-la em seis meses. Por enquanto, foram recrutados profissionais que trabalharam ou trabalham na JetBlue e o brasileiro Gianfranco Beting como direto de marketing. A empresa deve contratar 400 funcionários até janeiro e pretende ter cerca de seis mil até 2013.

Fonte: Valor Econômico



[ 27 de março de 2008 - 12h56 ]
Tarifa baixa será aposta de nova companhia aérea

São Paulo - Tarifas baixas e serviço diferenciado são as apostas do empresário David Neeleman (fundador da americana JetBlue) para a nova companhia aérea que espera colocar em operação no Brasil a partir de janeiro de 2009. O executivo destacou hoje, em apresentação à imprensa, que operar em cidades que atualmente não são atendidas pelas demais companhias aéreas é outro fator importante.

O executivo preferiu, no entanto, manter em segredo qual a faixa de preços que a nova empresa pretende praticar, assim como as cidades brasileiras em que pretende atuar. "Precisamos baixar mais as tarifas de modo que possamos trazer para esse mercado o passageiro que viaja hoje de ônibus e até mesmo os que não viajam", disse.

Neeleman destacou que hoje cerca de 150 milhões de pessoas viajam por rodovias no País e 50 milhões, de avião. "O Brasil tem potencial para elevar em três a quatro vezes a demanda por serviços aéreos para cidades que atualmente não são atendidas", afirmou.

O executivo antecipou que os aviões vão contar com transmissão ao vivo de TV, para jogos esportivos e novelas, por exemplo, em monitores individuais. O executivo explicou que a companhia pretende oferecer mais espaço entre as poltronas, que serão configuradas em fileiras de dois lugares dentro do avião. "Tiramos o assento do meio, que todos consideram ruim", disse.

Sem nome

A empresa ainda não tem nome, que será escolhido pela internet (www.voceescolhe.com.br) até 14 de abril. No dia 15 a companhia anunciará os dez melhores nomes sugeridos pelo público, para então ocorrer nova votação. Em 5 de maio será anunciado o novo nome. O público também será convidado a opinar sobre outros assuntos, como o uniforme de funcionários. (Beth Moreira)

Fonte: Agência Estado

Um comentário:

Unknown disse...

COM AVIÕES DA EMBRAER COM TODA ESTA TECNOLOGIA ESTA NOVA EMPRESA VAI LONGE COM CERTEZA!!!!!