25 de fevereiro de 2008

Crescimento da Gollog em 2007

A Gollog, serviço de cargas da Gol linhas aéreas, registrou, em 2007, um crescimento de 36,4% na receita bruta, a qual saiu de R$ 126 milhões em 2006 para R$ 172 milhões em 2007. Com relação ao volume transportado, houve um aumento de 41.200 toneladas em 2006 para 56.500 toneladas em 2007, representando assim um crescimento de 37,1%.

Acompanhando a evolução da receita bruta de transporte de cargas da Gol, conforme suas demonstrações consolidadas de resultado do exercício (DRE) disponíveis no site da Bovespa, percebe-se que houve um crescimento de 371% no período de 2003 a 2007, ou seja, saltou de R$ 36,5 milhões em 2003 para R$ 172 milhões em 2007. É importante ressaltar que esse crescimento é nominal, ou seja, está levando em consideração o crescimento da receita bruta nominal obtida em cada ano com o transporte de cargas, o que significa que os efeitos inflacionários não foram expurgados dessa apuração. Já a receita bruta obtida com transporte de passageiros, a título de comparação, cresceu, também em termos nominais, 228% no mesmo período.

São números expressivos, que demonstram uma melhora significativa no desempenho e a importância do transporte de cargas para o grupo GOL, aproveitando os porões das aeronaves e a ampla malha aérea do grupo, contando agora com os aviões e rotas da VRG. Com isso, a empresa mostra-se otimista, investindo constantemente em tecnologia e novos serviços diferenciados para cada tipo de cliente.

Segundo a empresa, em comunicado do último dia 22 de fevereiro no seu site (www.voegol.com.br): "O forte desempenho da Gollog é resultado de seu modelo de negócios de baixo custo e baixa tarifa, do atendimento diferenciado a cada perfil de cliente e da utilização de uma malha aérea ampla. Além disso, deve-se ao uso do Conhecimento Eletrônico (ou AWB Virtual), emitido de qualquer lugar do Brasil pela web — o que confere maior facilidade, agilidade e economia de tempo e combustível ao cliente —, e ao Tracking Real-Time, que busca informações sobre cargas em tempo real e proporciona maior transparência, confiabilidade e segurança aos clientes. 'Estamos encorajados com nosso desempenho em 2007. Novos mercados foram abertos e o atendimento aprimorado. Além disso, passamos a contar com o espaço das aeronaves da VRG, adquirida pela GOL em abril, ampliando nossa rede de atendimento nos mercados doméstico e internacional', afirma Tarcísio Gargioni, vice-presidente de Marketing e Serviços da GOL. Desde o início de suas atividades, em 30 de janeiro de 2001, a Gollog já transportou cerca de 180 mil toneladas de carga e emitiu mais de 2,6 milhões de AWBs. Com a incorporação da frota da VRG, ampliará ainda mais a oferta de mercado este ano. Por meio das operações da Empresa, o segmento de cargas do grupo chegará ao México e aos novos destinos na Europa com a marca Gollog."

Também foi destacado pela companhia, através do mesmo comunicado, a seguinte iniciativa: "Em abril, a GOL implementará seu novo sistema de controle dos processos de transporte de cargas, o HORUS/LMS (Logistics Management Systems), da Unisys. Adotado pelas maiores companhias aéreas do mundo, a ferramenta reduz os custos diretos de TI e aumenta a eficiência dos processos de atendimento ao cliente e do transporte de cargas, melhorando a gestão de receita da Companhia. Outra vantagem é a facilidade de ajuste aos procedimentos em vigor e de integração com sistemas de agentes e clientes, seguindo os principais modelos do mercado. O HORUS está disponível durante o ano todo e preparado para atender à demanda do transporte de carga doméstica e internacional do grupo, que cresceu significativamente com a aquisição da VRG. Além disso, atende às regras de importação e exportação nas Américas e Europa, e à legislação vigente no Brasil para o transporte de carga doméstica."

Fontes: GOL; Bovespa



5 de fevereiro de 2008

GOL divulga estatísticas de tráfego

Em 04 de fevereiro de 2008, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (Bovespa: GOLL4 e NYSE: GOL), controladora das companhias aéreas brasileiras GOL Transportes Aéreos S.A. (“GTA”, companhia de baixo custo e baixa tarifa) e VRG Linhas Aéreas S.A. (“VRG”, companhia de serviços diferenciados), informou as estatísticas preliminares de tráfego relativas a janeiro de 2008. No consolidado, o tráfego doméstico de passageiros (RPK)¹ foi de 1.946,4 milhões e a capacidade (ASK)² foi de 2.778,4 milhões. Em comparação a janeiro de 2007, isso representa um aumento consolidado de 20% no tráfego doméstico de passageiros (RPK) e um aumento consolidado de 31% na capacidade (ASK). No mercado doméstico, a taxa de ocupação consolidada (load factor)³ da GOL foi de 70% e no mercado internacional, a taxa de ocupação consolidada foi de 64%, quando comparado a janeiro de 2007, percebe-se, respectivamente, queda de 6,5 pontos percentuais e uma queda de 4,2 pontos percentuais. A taxa de ocupação total do sistema GOL foi de 69% em janeiro, representando uma queda de 7,0 pontos percentuais quando comparado a janeiro de 2007.

Na GTA, o tráfego doméstico de passageiros (RPK) em janeiro foi de 1.759 milhões e a capacidade (ASK) foi de 2.434 milhões, ou seja, taxa de ocupação (load factor) de 72,27%. Quando comparado a janeiro de 2007, percebe-se um aumento de 8,65% no tráfego doméstico (RPK), um aumento de 15,08% na capacidade (ASK) e uma queda de 4,73 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor). O tráfego internacional de passageiros (RPK) foi 234 milhões e a capacidade (ASK) foi de 302 milhões, apresentando assim um load factor de 77,48%.Na comparação com janeiro de 2007, houve um aumento de 4% no tráfego internacional de passageiros (RPK), uma queda de 8,21% na capacidade (ASK) e um aumento de 9,48 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor), ou seja, houve um ajuste da oferta com relação à demanda do mercado internacional.

Na VRG, o tráfego doméstico de passageiros (RPK) em janeiro foi de 188 milhões e a capacidade (ASK) foi de 345 milhões, resultando numa taxa de ocupação de 54,49%. Quando comparado a janeiro de 2007, percebe-se uma queda de 1,57% no tráfego doméstico de passageiros (RPK), um aumento de 9,87% na capacidade (ASK) e uma queda de 6,51 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor). O tráfego internacional de passageiros (RPK) foi de 405 milhões e a capacidade (ASK) foi de 692 milhões, obtendo assim uma taxa de ocupação de 58,52%. Ao se comparar com janeiro de 2007, houve aumentos expressivos tanto no tráfego de passageiros (RPK), 121,31%, quanto na capacidade (ASK), 123,95%, e uma pequena queda de 0,48 pontos percentuais no índice de ocupação (load factor).

Pelos dados, e isso já vem sendo percebido desde 2007, parece mesmo que a estratégia da Gol é de permanecer crescendo no mercado doméstico em busca da liderança, deixando o mercado internacional a ser explorado pela VRG.

(1) Passageiro-quilômetro transportado (revenue passenger kilometers ou “RPK”) é a soma dos produtos obtidos ao se multiplicar o número de passageiros pagantes em uma etapa de vôo pela distância da etapa média de vôo.

(2) Assento-quilômetro oferecido (available seat kilometers ou “ASK”) é a soma dos produtos obtidos ao se multiplicar o número de assentos disponíveis em cada etapa de vôo pela distância da etapa média de vôo.

(3) Taxa de ocupação (load factor) é a capacidade efetivamente utilizada de assentos da aeronave, calculada dividindo-se o número de passageiros-quilômetro transportados pelo número de assentos-quilômetro oferecidos.

Etapa média é obtida com a soma de todas as etapas operadas por uma companhia, dividida pelo número de etapas.

Fontes: GOL; Jetsite.

3 de fevereiro de 2008

Mercado doméstico: Liderança em xeque

A TAM, ainda na liderança do mercado doméstico, fechou dezembro com um market share de 48,61% , caindo 3,78% quando comparado a dezembro de 2006, e média de 48,86% durante 2007, 1,88% maior ao se comparar com 2006. Em novembro de 2007, sua participação ficou em 49,92%. Observa-se uma estabilização, sendo que para 2008, acredita-se que a TAM deva manter a faixa dos 49% de participação doméstica, devido principalmente ao aumento da concorrência com a GOL e VRG (Varig), ao crescimento da OceanAir e WebJet em rotas específicas, além de maior disputa por passageiros corporativos.

A GOL terminou dezembro com uma participação de 41,16%, isso representa um aumento de 8% quando comparado a dezembro de 2006. Durante o ano de 2007, sua participação ficou em 39,56%, representando alta de 16,2% ao se comparar com 2006. Em novembro de 2007, sua participação foi de 41,53%.Com novas aeronaves, frequências e rotas sendo adicionadas constantemente, pode-se projetar se não a liderança do mercado doméstico em 2008, mas uma participação praticamente igual a da TAM, cuja participação doméstica tende a se estabilizar neste ano.

Em terceiro lugar ficou a OceanAir, fechando dezembro com 3,79% de
market share e média de 2,43% durante 2007, o que representa um aumento de 66,44% ao se comparar com o mesmo período de 2006. Em novembro de 2007, sua participação ficou em 2,83%

A VRG fechou dezembro com 3,41% de
market share e uma média de 3,46% de participação durante 2007. Em novembro passado, sua participação fechou em 2,66%. Ao se considerar os dados consolidados da GOL e VRG, a participação média do grupo GOL ficou em 43% durante 2007, ou seja, 5,86 pontos percentuais abaixo da participação média da TAM no mesmo período. Ao considerar apenas o mês de dezembro de 2007, a participação consolidada GOL e VRG ficou 4,04 pontos percentuais abaixo da participação da TAM neste mesmo período, ou seja, 44,57% e 48,61% respectivamente.

A Webjet foi um dos destaques, fechando dezembro com 1,09% de market share e média de 0,77 durante o ano de 2007, o que representa um aumento de 140,62% com relação ao ano de 2006. Em novembro de 2007, sua participação ficou em 0,97%. O número de passageiros-quilômetro pagos transportados durante 2007 cresceu 170% quando comparado com o ano de 2006. O número de assentos-quilômetro oferecidos de janeiro a dezembro de 2007 cresceu 159,9% ante o mesmo período de 2006. Foi o maior crescimento tanto em número de assentos-quilômetro oferecidos quanto em passageiros-quilômetro pagos transportados. O seu load factor (índice de ocupação) subiu de 60% em 2006 para 62% em 2007. A propósito, apenas a Webjet e a OceanAir apresentaram um crescimento no load factor, todas as demais obtiveram um load factor menor do que em 2006. Assim, pode-se dizer que a Webjet apresenta-se com boas perspectivas para 2008. A empresa receberá mais duas aeronaves em março.

Dentre as regionais, têm-se dois destaques: Primeiro, a TRIP/TOTAL, cuja participação de mercado ficou em 1% em 2007. As regionais, como um todo, obtiveram 2,11% de participação de mercado. Essas duas empresas juntas podem se consolidar como a sexta em participação de mercado no Brasil. Em 2007, o crescimento do número de passageiros-quilômetro pagos transportados pela TRIP/TOTAL foi de 19,29% quando comparado a 2006, sendo que o número de passageiros-quilômetro pagos transportados por todas as empresas regionais cresceu 14,99% nesse mesmo período. Quando consideramos a TRIP sozinha, observamos que a mesma obteve um crescimento de 30,5% em passageiros-quilômetro pagos transportados durante 2007 quando comparado ao mesmo período de 2006; já com relação aos assentos-quilômetro oferecidos, a mesma apresentou um crescimento de 33% ante 2006, sendo que sua taxa de ocupação caiu de 63% em 2006 para 62% em 2007 e sua participação de mercado ficou em 0,47% ante 0,40% em 2006. Já a TOTAL sozinha apresentou, durante 2007, crescimento de 10,9% em passageiros-quilômetro pagos transportados e 10,3% de aumento nos assentos-quilômetro oferecidos, levando-a a manter o mesmo load factor de 2006, ou seja, 63% e uma participação de mercado de 0,53% ante 0,54% em 2006

O outro destaque da aviação regional é a TAF linhas aéreas, de Fortaleza-CE. Esta empresa passou recentemente por uma profissionalização da sua diretoria, isso faz parte de um plano maior de expansão pelas regiões Norte e Nordeste que a companhia vem procurando colocar em prática, tendo inclusive contratado a KPMG para auxiliá-la nesta tarefa. A TAF obteve 0,33% de
market share durante o ano de 2007, representando um aumento de 94% quando comparado a 2006. Os assentos-quilômetro oferecidos cresceram 134,5% em 2007 com relação a 2006, mas o número de passageiros-quilômetro pagos transportados cresceram menos, ou seja, 112,8% nesse mesmo período, fazendo assim o load factor cair de 61% em 2006 para 55% em 2007.

Fontes: ANAC; TAF ; JETSITE.