31 de março de 2008

Flex inicia operações


A Flex Linhas Aéreas realizou no sábado, 29, seu vôo inaugural. A partida foi do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino a Salvador, retornando para o Rio. O comandante Miguel Dau, gestor judicial da Flex, foi o piloto.

A companhia iniciou as suas operações com um Boeing 737-300 apenas para fretamentos. A chegada do segundo avião está prevista até junho, com o qual iniciará suas operações regulares. Segundo Dau, a empresa ainda não tem capital de giro para as operações regulares. A companhia aguarda um encontro de contas da VarigLog e da VRG, dessa forma, haverá uma disponibilização para a Flex de aproximadamente R$ 80 milhões. A autorização da Anac para que a companhia possa fazer vôos regulares sai no decorrer desta semana. Uma terceira aeronave também está sendo negociada, trata-se de um 767-300 para realizar fretamentos internacionais.

Conforme o gerente comercial da Flex, Nilson Gilhem, a empresa já recebeu 40 solicitações para vôos charteres no mercado doméstico. O destaque é a negociação com o grupo Águia, que espera embarcar 5 mil passageiros para a Copa do Mundo na África do Sul em 2010.

Quem substituirá Dau, que deixa o cargo hoje, será Aurélio Penelas, atual gerente de RH da Flex.

Abaixo, segue notícia publicada pela Agência Estado.

[ 31 de março de 2008 - 09h11 ]
Flex, a antiga Varig, faz vôo inaugural do Rio a Salvador

Foram quase três anos de espera. Até realizar seu vôo inaugural no sábado, do Rio a Salvador, a Flex passou por diferentes fases desde que se tornou a primeira empresa brasileira a pedir proteção judicial para se reestruturar, em junho de 2005. A companhia, parte da Varig que herdou uma dívida de R$ 7 bilhões, precisa ainda de R$ 80 milhões cobrados judicialmente para poder consolidar sua recuperação e efetivar sua autorização como concessionária de vôos regulares.

“No dia 17 de julho, será encerrado o processo de recuperação judicial. A partir daí, você não tem mais a proteção da lei e não tem mais o monitoramento do juiz da 1ª Vara Empresarial”, afirmou o piloto do vôo inaugural, Miguel Dau, gestor judicial da companhia.

Hoje, será seu último dia nessa função, pois vai assumir a vice-presidência de Operações da mais nova companhia aérea brasileira, ainda sem nome, mas já com US$ 150 milhões levantados por David Neeleman, fundador da JetBlue. Cerca de 80 pessoas participaram do vôo número um, prefixo FFX 9966, da Flex. O check-in foi feito em três posições de balcão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, ao lado do atendimento da Varig. O ministro da Previdência, Luiz Marinho, e o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) brigadeiro Allemander Pereira Filho estavam presentes. Após o fim da recuperação judicial da empresa, ela será controlada por um conselho que terá representantes dos seus credores, com a participação da Fundação Ruben Berta (FRB), dona de 87% do capital da companhia.(A reportagem viajou a convite da empresa). (AE)

Fonte: Agência Estado; PANROTAS

29 de março de 2008

Embraer lançará dois novos modelos de jatos executivos


Em 28 de março, a Embraer aprovou, por meio de reunião do seu Conselho de Administração, o lançamento de dois novos modelos de jatos executivos, interinamente denominadas Embraer MLJ e Embraer MSJ.

Os novos jatos, das categorias midlight e midsize, terão capacidades entre 7 e 12 passageiros, além de 2 tripulantes, sendo posicionados entre o Phenom 300 (categoria light jet) e o Legacy 600 (categoria super midsize). O Embraer MSJ deverá entrar em serviço no segundo semestre de 2012, e o Embraer MLJ, no segundo semestre de 2013. A carteira de pedidos firmes de jatos executivos da Embraer totaliza aproximadamente US$ 4,5 bilhões.

A Embraer realmente é uma empresa muito dinâmica, está sempre inovando seu pórtfólio para atender às mais diversas necessidades do mercado de aviação mundial através da busca permanente e determinada da plena satisfação de seus clientes, tornando-se, desse modo, numa das maiores empresas aeroespaciais do mundo.

Abaixo, segue o comunicado da empresa divulgado no dia 28 de março no seu site (www.embraer.com.br) na seção Sala de Imprensa:


COMUNICADO


São José dos Campos, 28 de março de 2008 – A Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A comunica aos seus acionistas, mercado financeiro, fornecedores e público em geral que, em reunião realizada no dia 28 de março de 2008, o Conselho de Administração aprovou o lançamento de dois novos modelos de jatos para o mercado de aviação executiva, interinamente denominados Embraer MLJ e Embraer MSJ.

Os novos jatos das categorias midlight e midsize, com capacidades entre 7 a 12 passageiros mais 2 tripulantes serão posicionados no pórtfólio da Empresa entre o Phenom 300, da categoria light jet, e o Legacy 600, da categoria super midsize.

O investimento para o desenvolvimento dos novos jatos será da ordem de US$ 750 milhões e será suportado por parceiros, instituições financeiras e pela própria geração de caixa da Empresa. O jato Embraer MSJ deverá entrar em serviço no segundo semestre de 2012 e o jato Embraer MLJ deverá entrar em serviço no segundo semestre de 2013.

A Embraer acredita que as categorias midlight e midsize deverão corresponder a 21% do total de entregas de jatos executivos, estimado em 13.150 unidades nos próximos 10 anos.

A Embraer reafirma o compromisso assumido junto aos seus acionistas e clientes de oferecer, de uma forma integrada, produtos e serviços de excelência para o mercado de aviação executiva. A carteira de pedidos firmes de jatos executivos da Embraer totaliza aproximadamente US$ 4,5 bilhões.


Fonte:
Embraer

28 de março de 2008

Nova companhia aérea: tarifa baixa e modernidade


A proposta da nova companhia aérea brasileira realmente é bem inovadora. Na verdade, será a empresa aérea mais moderna da América Latina, tanto em segurança quanto em entretenimento de bordo. Com relação à segurança, pode-se destacar, conforme publicado no site www.voceescolhe.com.br (criado para a escolha do nome de companhia), cada jato Embraer 195 (foto) da empresa será equipado com dois dispositivos moderníssimos, os HUD – Head Up Displays – que permitirão um significativo aumento na segurança operacional. Esses dispositivos funcionam projetando informações fundamentais sobre os vidros adiante dos pilotos. Desta forma, eles podem trabalhar com mais segurança, sobretudo em condições de baixa visibilidade. A nova empresa será a única no mundo a operar com HUDs duplos, para ambos os pilotos, em 100% da frota. Já com relação à inovação em entretenimento de bordo, destaca-se TV ao vivo, em monitores individuais, através da instalação de um sistema via satélite da LiveTV, assim, os passageiros vão poder assistir jogos de futebol, novelas, noticiários, de canais abertos ou a cabo, a 36.000 pés de altitude.

O conforto será outro quesito no qual a empresa se destacará, pois na configuração escolhida pela nova empresa, os Embraer 195 terão 118 poltronas dipostas em quatro assentos por fileira, posicionados dois-a-dois – sem a famigerada poltrona do meio. Ou seja: a única dúvida será escolher entre poltrona na janela ou no corredor. Todos os assentos serão revestidos em couro ecológico. Além disso, as aeronaves contarão com mais espaço entre as fileiras do que qualquer outra empresa aérea brasileira. E uma coisa muito importante também, os passageiros não serão submetidos a passar fome (comendo barrinhas de cereal), pois ainda conforme divulgado pela nova empresa, é o passageiro quem decidirá o que quer e quanto quer: "Uma generosa seleção de bolachas, salgadinhos, doces e outros snacks serão oferecidas por nossas tripulações em simpáticas cestas. Pode se servir à vontade. Em nossa empresa, você escolhe."

Por tudo isso, Neeleman se mostra bem entusiasmado com sua nova companhia ao afirmar o seguinte: “Este é o lugar certo na hora certa. Como bom brasileiro, estou muito feliz em voltar ao Brasil, lançando uma companhia aérea brasileira operando aeronaves brasileiras”.

Abaixo, seguem as notícias publicadas, respectivamente, nos sites Valor Econômico e Agência Estado sobre a apresentação à imprensa, em 27 de março, da nova companhia.

Fundador da JetBlue tem US$ 150 milhões para competir no país
VALOR ECONÔMICO (SP) • EMPRESAS • 28/3/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR

Marisa Cauduro/Valor

A segunda companhia aérea mais capitalizada do mundo, em seu lançamento, na história da aviação. A única, por enquanto, que operará aviões da Embraer em território nacional. Estas foram duas marcas que a companhia aérea brasileira do empresário David Neeleman obteve em sua apresentação oficial. Com capital de US$ 150 milhões, o criador da aérea americana JetBlue acredita que chega com força suficiente para enfrentar uma concorrência dura. Com um pedido firme de 36 jatos do modelo Embraer 195, inéditos em céus brasileiros, ele sustenta que abrirá caminho para uma enorme demanda reprimida. Num evento cheio de azul, verde e amarelo, embalados pela música "Aquarela do Brasil", Neeleman e uma equipe de executivos apresentaram um projeto com boa parte das peças que já eram imaginadas. Guardaram, no entanto, segredos estratégicos, como as rotas que pretendem operar ou o tamanho dos descontos que a empresa poderá oferecer. Também não revelaram os investidores envolvidos.

A nova companhia aérea, cujo nome será escolhido pelo público, começa a voar em janeiro de 2009 com três aviões operando vôos entre as principais cidades brasileiras sem fazer conexões em aeroportos que concentram tráfego - os chamados "hubs". O objetivo é oferecer não apenas mais vôos diretos do que a concorrência, como também diversas freqüências e opções de horário ao longo do dia. A empresa buscará espaços em aeroportos congestionados como Congonhas, Guarulhos e Santos Dumont.

Dentro das aeronaves, o cliente encontrará os mesmo itens que se tornaram a marca da JetBlue nos EUA: televisões individuais, mais espaço entre os assentos e poltronas de couro. Neeleman promete, acima de tudo, segurança. "Nas quatro empresas aéreas que eu criei, nunca houve um acidente", disse. Ele também prometeu serviços rápidos e eficientes nos balcões dos aeroportos e na venda de bilhetes, que será feita majoritariamente pela internet.

Em relação aos preços, a empresa promete tarifas mais baixas do que a concorrência - mas algumas mais baixas, e não todas. Embora Neeleman tenha afirmado que as passagens no Brasil são cerca de 50% mais caras do que nos EUA e que poderiam ser mais baratas, sua companhia terá faixas de preço para todos os públicos. A inovação, segundo Neeleman, é que o intervalo entre a tarifa mais barata e a mais cara será maior do que as diferenças praticadas hoje por Gol e TAM. A nova empresa vai trabalhar fortemente com o chamado "yield management" (gerenciamento de receita). Com base em uma série de dados, o sistema permite definir os preços e a estratégia de vendas que geram a maior receita possível. Todas as companhias aéreas já o utilizam, mas Neeleman garante que a administração da JetBlue desenvolveu "truques" muito eficientes. Neeleman afirma que, tirando o combustível, os custos operacionais entre as empresas brasileiras e americanas são parecidas. As companhias nacionais, por outro lado, costumam dizer que a carga tributária, taxas de aeroporto e itens de manutenção inflacionam os custos no Brasil.

É por meio da combinação de serviços cômodos e algumas tarifas mais baixas que Neeleman pretende fazer o "bolo crescer" e atrair os 150 milhões de passageiros que ainda utilizam o ônibus em viagens interestaduais. "Uma análise do tamanho do PIB do Brasil em relação ao número de viagens aéreas mostra que há espaço para um mercado três ou quatro vezes maior no país", afirma. Em 2001, a Gol surgiu com um discurso semelhante e conseguiu fomentar demanda.

A chave para realizar os objetivos da empresa é o avião escolhido, considerado por Neeleman o equipamento "perfeito" para o mercado brasileiro. Enquanto os Embraer 195 da nova empresa terão 118 assentos, os Boeings e Airbus usados por Gol e TAM, respectivamente, têm no mínimo 140 poltronas e um máximo de cerca de 180. Com aviões menores, a nova companhia poderá fazer rotas diretas com uma demanda não tão elevada sem precisar concentrar tráfego em "hubs".

Existe no mercado, porém, uma dose de ceticismo sobre a capacidade de o jato da Embraer ter custos competitivos em relação aos aviões maiores, cujos gastos são melhor diluídos à medida que mais passagens podem ser vendidas. Ou seja, empresas como TAM e Gol poderiam oferecer preços mais baixos nas rotas em que competissem com a nova empresa. Neeleman e a Embraer, entretanto, defendem que o E195 tem plenas capacidades de competir. De acordo com Mauro Kern, vice-presidente de aviação comercial da Embraer, o jato tem um custo por assento "um pouco maior", mas seu custo por viagem "é de 15% a 20% menor" e permite que a operação seja mais rentável com menos passageiros.

Para decolar, a companhia ainda precisa obter sua concessão junto à Agência Nacional de Aviação Civil e prevê consegui-la em seis meses. Por enquanto, foram recrutados profissionais que trabalharam ou trabalham na JetBlue e o brasileiro Gianfranco Beting como direto de marketing. A empresa deve contratar 400 funcionários até janeiro e pretende ter cerca de seis mil até 2013.

Fonte: Valor Econômico



[ 27 de março de 2008 - 12h56 ]
Tarifa baixa será aposta de nova companhia aérea

São Paulo - Tarifas baixas e serviço diferenciado são as apostas do empresário David Neeleman (fundador da americana JetBlue) para a nova companhia aérea que espera colocar em operação no Brasil a partir de janeiro de 2009. O executivo destacou hoje, em apresentação à imprensa, que operar em cidades que atualmente não são atendidas pelas demais companhias aéreas é outro fator importante.

O executivo preferiu, no entanto, manter em segredo qual a faixa de preços que a nova empresa pretende praticar, assim como as cidades brasileiras em que pretende atuar. "Precisamos baixar mais as tarifas de modo que possamos trazer para esse mercado o passageiro que viaja hoje de ônibus e até mesmo os que não viajam", disse.

Neeleman destacou que hoje cerca de 150 milhões de pessoas viajam por rodovias no País e 50 milhões, de avião. "O Brasil tem potencial para elevar em três a quatro vezes a demanda por serviços aéreos para cidades que atualmente não são atendidas", afirmou.

O executivo antecipou que os aviões vão contar com transmissão ao vivo de TV, para jogos esportivos e novelas, por exemplo, em monitores individuais. O executivo explicou que a companhia pretende oferecer mais espaço entre as poltronas, que serão configuradas em fileiras de dois lugares dentro do avião. "Tiramos o assento do meio, que todos consideram ruim", disse.

Sem nome

A empresa ainda não tem nome, que será escolhido pela internet (www.voceescolhe.com.br) até 14 de abril. No dia 15 a companhia anunciará os dez melhores nomes sugeridos pelo público, para então ocorrer nova votação. Em 5 de maio será anunciado o novo nome. O público também será convidado a opinar sobre outros assuntos, como o uniforme de funcionários. (Beth Moreira)

Fonte: Agência Estado

26 de março de 2008

TAM atinge recorde no transporte de passageiros num único dia


Conforme publicado no seu site, a TAM atingiu o recorde de 100,5 mil passageiros transportados em um único dia. Essa marca foi alcançada na última segunda-feira, no retorno do feriado da Páscoa, sendo que a ocupação das aeronaves chegou a 81,2% nas rotas domésticas e internacionais. Parabéns a todos funcionários da TAM pelo alcance dessa marca.
Abaixo segue a divulgação à imprensa feita pela TAM e disponível no seu site.

São Paulo, 26 de março de 2008 – A TAM Linhas Aéreas atingiu a marca recorde de 100,5 mil passageiros transportados em seus vôos domésticos e internacionais (incluindo freqüências regulares e fretamentos) em um único dia, nesta segunda-feira, dia 24, após o feriado da Páscoa, de acordo com dados preliminares da companhia. A taxa total de ocupação das aeronaves foi de 81,2% no dia.

“Estamos felizes por termos alcançado essa marca, que reforça nossa liderança no mercado e nos estimula ainda mais na busca constante da excelência nos serviços aos nossos clientes – um compromisso público que fizemos”, diz o comandante David Barioni Neto, presidente da TAM.

O recorde diário anterior foi registrado pela companhia no dia 22 de dezembro de 2007, quando 93.757 passageiros foram transportados nos vôos domésticos e internacionais operados pela TAM. A média de ocupação dos vôos da TAM neste dia foi de 84,2%.

A TAM mantém a posição de liderança tanto no mercado doméstico quanto no segmento de linhas internacionais operadas por companhias aéreas brasileiras. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a participação de mercado da TAM nos vôos domésticos foi de 49,4%, enquanto nas linhas internacionais a companhia alcançou market share de 67,1% no mesmo período.

Fonte: TAM - Relações com Investidores

25 de março de 2008

Condições de funcionamento dos aeroportos

Faz muito sentido a preocupação da Anac em saber como estão as condições de funcionamento dos aeroportos brasileiros. Agora resta saber duas coisas: primeiro, se a agência reguladora terá funcionários suficientes para fazer tal levantamento em todos os pequenos e médios aeroportos brasileiros, ou seja, de todas as regiões, não apenas Norte, Nordeste e Centro Oeste, e se realmente caberá flexibilização das normas, como se referiu a presidente da agência. Esperamos que as normas as quais o Brasil precisa seguir sejam exigidas de forma igualitária a todos os aeroportos, independente da região. Abaixo segue a matéria publicada pela Agência Estado.

[ 25 de março de 2008 - 20h03 ]
Anac vai fechar aeroportos do País em situação 'crítica'

Brasília - A presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Paiva Vieira, revelou hoje em audiência pública na Câmara dos Deputados que está em curso um amplo levantamento sobre as condições de funcionamento de todos os aeroportos do País, especialmente os de médio e pequeno portes. Segundo ela, o órgão vai determinar o fechamento dos terminais que estiverem em estado "crítico" até que cumpram as exigências da Anac. O alvo do grupo de trabalho são os aeroportos que não estão entre os 67 administrados pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Solange Paiva não informou quantos aeroportos serão vistoriados, mas disse que a maioria é administrada por governos estaduais e prefeituras. Segundo a presidente da agência, os terminais de menor porte de cidades distantes no Norte, Nordeste e Centro Oeste são os mais precários. "As regiões que mais precisam de aviões são as que têm mais problemas", afirmou. "O fechamento dos aeroportos vai começar a acontecer. Alguns problemas são administráveis. Outras questões são críticas e não permitem que o aeroporto funcionem."

Segundo ela, os problemas não são tanto de segurança de vôo, como más condições das pistas, mas de falta de estrutura física nos aeroportos, por exemplo, ausência de raio x e outros equipamentos sem os quais os aeroportos não podem funcionar por determinações de normas internacionais de aviação civil seguidas pelo Brasil. Ela pediu a colaboração dos parlamentares para estudar a flexibilização da lei brasileira em relação às exigências feitas aos aeroportos médios e pequenos.

A audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara foi convocada para debater a segurança do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. Solange anunciou que todos os pilotos que operam em Congonhas terão que passar por treinamento específico, como ocorre no aeroporto Santos Dumont, no Rio.

Inicialmente, Solange disse que as empresas aéreas tiveram prazo de 120 dias para treinar os pilotos, mas que pediram mais tempo. No fim da audiência, a presidente da agência informou que os treinamentos começarão no mês que vem. A exigência de treinamento faz parte, segundo ela, de uma série de medidas tomadas depois do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho passado, quando morreram 199 pessoas.

Airbus da TAM

Para o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, um dos treinamentos mais importantes é para arremetidas, quando os pilotos forçam uma nova subida, por detectarem algum problema na hora do pouso. Segundo Kersul, as investigações do acidente da TAM indicam que uma arremetida do Airbus A-320 poderia ter evitado o acidente. No entanto, disse, os pilotos não tentaram fazer a manobra.

De acordo com o brigadeiro, o relatório final sobre as causas do acidente deverá ficar pronto em julho deste ano. Ele disse que não foi possível avançar na investigação sobre a posição inadequada de uma das manetes - alavancas que funcionam como a marcha do avião - do Airbus acidentado. O quadrante (base) das manetes foi encontrado e analisado, mas não permitiu concluir se a posição de aceleração, quando deveria estar em posição de desaceleração, foi decorrente de falha do piloto ou de um erro de interpretação do computador da aeronave. (Luciana Nunes Leal)




Seae é favorável à compra da Varig pela Gol


VALOR ECONÔMICO (SP) • EMPRESAS • 25/3/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR

A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda concluiu parecer favorável à compra da Varig pela Gol. No texto, os técnicos da Fazenda afirmam que o mercado aéreo vive um momento de expansão, com oportunidades de investimento. Para a Seae, apesar de poucas companhias aéreas atuarem no Brasil, há espaço para o crescimento da concorrência. A secretaria considerou que o mercado de transporte de passageiros cresceu 7,8%, em 2007, segundo dados da Embratur, e ressaltou que este resultado foi atingido mesmo com a crise aérea que se abateu em todos os aeroportos do país, com sucessivos atrasos e cancelamentos de vôos. O crescimento também superou as expectativas a se considerar os acidentes em aeronaves da Gol, em outubro de 2006, e da TAM, em julho do ano passado, diz a Seae. As companhias aéreas tiveram um aumento de 16,3% na oferta e de 11,9% na demanda ainda em 2007, o que revelou, segundo a Fazenda, que há um cenário favorável a investimentos no setor, capaz de trazer novas empresas para o Brasil.

No parecer, há uma série de gráficos comparando os preços cobrados pelas companhias nas principais rotas aéreas. A Seae notou que a Gol e a Varig elevam e abaixam os preços das passagens em épocas próximas, mas em faixas distintas de preços. Na rota Congonhas-Santos Dumont, por exemplo, a Gol ficou entre R$ 100 e R$ 300 ao longo do ano passado, enquanto a Varig oscilou entre R$ 330 e R$ 450. Já a TAM oscilou entre as duas empresas, às vezes cobrando o mesmo preço da Gol e, em outras, igualando-se à Varig. Segundo a Seae, a TAM aproximou-se dos preços da Varig na alta temporada e daqueles praticados pela Gol na baixa. Logo, a TAM funcionaria como uma concorrente efetiva a ambas as companhias, garantindo a competição.

A participação da TAM em várias rotas também foi utilizada pela Seae para concluir que a compra da Varig pela Gol não irá prejudicar a concorrência no mercado. Na rota Congonhas-Brasília, por exemplo, a TAM possui 50,5%, a Gol detém 24,2% e a Varig, 20,9%. Assim, a união das duas companhias não seria capaz de desequilibrar a competição nesta rota. O mesmo se dá em várias rotas analisadas pela secretaria.

Apesar do parecer favorável, a Seae reconheceu que o mercado precisa de medidas para atrair novos concorrentes. A secretaria pediu o fim do limite máximo de 20% de investimento estrangeiro nas companhias nacionais e a revisão dos critérios de alocação de slots (horários e espaços para pousos e decolagens) no Aeroporto de Congonhas. A TAM possui 42% dos slots em Congonhas, enquanto a Gol e a Varig dividem 47%. Essa excessiva concentração nos slots de Congonhas deveria ser combatida, segundo a Seae, por medidas que incentivassem outras empresas a usar os espaços ociosos das companhias líderes, como a criação de um mercado secundário pelo qual a TAM e a Gol pudessem realocar os seus slots para outras empresas.

"Por fim, deve-se lembrar que algumas barreiras à entrada no setor continuam ligadas à política e à regulação do setor", diz o último parágrafo do parecer. "Questões como o reduzido nível de investimento estrangeiro permitido, a rigidez dos contratos de concessão e a excessiva regulação do mercado de aviação internacional são reflexos de um marco regulatório ultrapassado."

A compra da Varig foi anunciada em março do ano passado por US$ 320 milhões. Semanas depois, o negócio foi "congelado" pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça. Na época, o Cade convocou as companhias aéreas para assinar um acordo pelo qual a marca e os ativos da Varig devem ser preservados até o julgamento final da aquisição. Após a assinatura do acordo, a OceanAir e a BRA pediram a impugnação do negócio às autoridades antitruste, alegando que a união da Varig com a Gol iria aumentar os preços das passagens e, com isso, prejudicar a concorrência. Mas, o pedido foi negado, pois o Cade já havia determinado o "congelamento" da aquisição da Varig, enquanto esperava pela análise da Seae.

O parecer foi referendado pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. Agora, cabe ao Cade fazer o julgamento final sobre o negócio.


Pantanal mantém vôos através de liminar


A Pantanal conseguiu, por meio de uma liminar, continuar a oferecer vôos regulares, partindo de Juiz de Fora com destino a São Paulo, embora estivesse prevista para hoje a suspensão de suas atividades em todo país. As reservas, que haviam sido suspensas durante o dia, foram retomadas no início da noite de ontem. A notícia, divulgada pela companhia ontem, por volta das 18h, pôs fim a um dia inteiro de mobilização e expectativa em torno de uma possível reversão da decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que não renovou o Certificado de Homologação de Empresa do Transporte Aéreo (Cheta) da companhia, que vence hoje.

Fonte: Jetsite

GOL anuncia nova malha de rotas


A GOL Linhas Aéreas Inteligentes anunciou ontem (24 de março) sua nova malha, que inclui a volta da utilização do Aeroporto de Congonhas para interligar algumas cidades. Com a mudança, nove destinos contam novamente com conexões por um dos principais aeroportos do País. São eles: Navegantes (SC), Uberlândia (MG), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Vitória (ES), Cuiabá (MT), Presidente Prudente (SP), Joinville (SC) e Rio de Janeiro (pelo Aeroporto Santos Dumont). Os passageiros também contam com 12 novas opções de vôos. O Aeroporto de Congonhas vai operar vôos diários para Cuiabá (MT) e Goiânia (GO), aumentando a oferta nessa cidade; semanais para Ilhéus (BA) e duas vezes por semana para Salvador (BA). Outra novidade é mais um vôo ligando Recife (PE) a Salvador (BA), de segunda a sábado. “A nova malha irá beneficiar os clientes, que terão mais opções, novas conexões, vôos e freqüências em aeroportos como o de Congonhas”, afirma Wilson Maciel, vice-presidente de Planejamento e TI da GOL. A GOL também fez ajustes em todos seus horários de pousos e decolagens, que permitirão melhorias operacionais. No total serão 640 vôos diários para 58 destinos, sendo oito internacionais (América do Sul).

23 de março de 2008

TAM deixa de operar em Maringá


Conforme publicado pelo jornal Gazeta do Povo, a TAM
Linhas Aéreas encerra neste domingo (23) suas operações em Maringá, no Noroeste do Paraná. Os cerca de 300 passageiros diários da empresa correspondiam a 40% do movimento do aeroporto e por mais da metade das operações das 38 agências de turismo maringaenses, segundo estimativas da direção do terminal Silvio Name Júnior e da Associação Maringaense das Agências de Viagens (Amav). Agora, representantes da economia local e a direção do aeroporto se mobilizam para encontrar uma solução para reduzir o impacto da saída da companhia. "Estamos tentando colocar, ao menos, mais um vôo de manhã para São Paulo", anunciou o superintendente do aeroporto, Marcos Valêncio.

Os últimos dois vôos operados pela TAM em Maringá partiram neste domingo: um às 6 horas, para Guarulhos (SP), e outro às 15h15, para Curitiba. Marcos Valêncio conta que negocia a oferta de uma linha por uma nova empresa aérea, e discute com as outras duas que já operam na cidade - GOL e Trip - a ampliação do número de operações.

Entre os preocupados com a saída da TAM está o superintendente industrial da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar), Celso Carlos dos Santos Junior, que costuma viajar a negócios com freqüência. Os executivos da Cocamar costumavam usar, todos os meses, cerca de 60 passagens da TAM. "Isso pode nos atrapalhar muito porque teremos que ir a destinos mais distantes, o que pode prejudicar nosso trabalho com atrasos e esperas", explicou. Ele acredita que, após o fim das operações da TAM, estará sujeito a mais atrasos por ter de passar mais vezes por Curitiba - o aeroporto Afonso Pena costuma sofrer restrições para pouso e decolagem por causa da neblina, principalmente durante o inverno.

O passageiro maringaense ainda tem duas opções de companhias aéreas que operam na cidade: GOL, com vôos para a capital paranaense e Trip, com vôos entre Maringá e Curitiba e Cascavel, no Paraná, e Campo Grande (MS), Campinas (SP) Curitiba, Rondonópolis (MT), Cuiabá (MT), Sinop (MT), Alta Floresta (MT), Vilhena (RO), Ji-Paraná (RO) e Porto Velho (RO).

A associação das agências de viagens fez reuniões com representantes de suas 38 associadas para discutir como será o trabalho daqui para a frente. A entidade planeja ainda fazer manifestações em protesto pelo encerramento das atividades da companhia aérea na cidade.

O superintendente Marcos Valêncio comentou que a empresa opera em Maringá desde 2005 e apresentou um aumento no fluxo de passageiros de 46% entre janeiro de 2007 e janeiro deste ano. A taxa de ocupação média da empresa nos vôos que têm Maringá como origem ou destino teria ficado acima de 50%, com um fluxo de passageiros registrado no mês passado de 4,5 mil passageiros, segundo o superintendente.

A TAM não forneceu informações. O anúncio de encerramento de suas atividades em Maringá e em Caxias do Sul (RS) foi feito através de uma nota oficial. A justificativa foi a adequação na estratégia e malha no Sul do país. A empresa tem 16 funcionários diretos em Maringá. Os empregados não comentam o caso, mas informações nos bastidores do aeroporto indicam que eles cumprem aviso prévio desde o anúncio do encerramento das operações.

Ultimamente, importantes cidades do interior do país têm ficado fora do mapa de rotas da GOL e principalmente da TAM, abrindo assim espaço para as companhias aéreas regionais ligarem esses centros econômicos do interior com as capitais e demais regiões economicamente dinâmicas do interior do país. Que venha logo a jetBlue brasileira, que pretende operar no mercado regional, com rotas ponto-a-ponto, operando os modernos e confortáveis jatos Embraer 190.

Passaredo: Ligando as principais capitais a partir de Ribeirão Preto


A partir do dia 31 de março, a Passaredo Transportes Aéreos abrirá mais duas oportunidades de ligação de Ribeirão Preto a capitais estaduais com vôos diários para as cidades de Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR). As duas rotas serão operadas com aeronaves modelo EMB 120 Brasília que têm capacidade para 30 passageiros e com duas opções de horário para cada destino.

Para começar a operar com esses novos destinos, a Passaredo realizou uma pesquisa de mercado para detectar quais as principais necessidades dos passageiros de Ribeirão Preto e região. “Há uma grande procura por vôos diretos para essas capitais devido ao intenso fluxo de negócios entre as localidades. Pretendemos com essas novas rotas atender às necessidades desses passageiros com vôos diretos, facilitando o intercâmbio entre esses pólos econômicos, sem a necessidade de conexões em São Paulo”, explica Ricardo Cagno, Diretor Comercial.

Ainda de acordo com o estudo realizado pela empresa, que tem sede administrativa em Ribeirão Preto, no Aeroporto Leite Lopes, a grande procura pelos vôos é de passageiros a negócios, principalmente executivos e empresários que precisam de facilidades para ir e voltar dessas localidades no mesmo dia.

“Podemos dizer que com mais esses dois vôos, Ribeirão Preto passa a se posicionar como um centro estratégico de ligação com as principais capitais do Brasil”, continua Ricardo Cagno. A Passaredo também opera três vôos diários e diretos para as cidades de Brasília e São Paulo – com horários que privilegiam os passageiros em conexão tanto dentro do Brasil quanto para o exterior – dois vôos diretos para o Rio de Janeiro (Santos Dumont), e ainda vôos para Uberlândia (MG), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Barreiras (BA), Salvador (BA), Vitória da Conquista (BA) e Franca (SP).

Um dos principais benefícios das rotas que operam partindo de Ribeirão Preto com destino às capitais é o fato do passageiro não precisar fazer conexões nem escalas em outras cidades, como acontece com a maioria das operadoras. Para alguns destinos, a empresa opera em parceria com a TAM, através de conexões em Guarulhos. Assim, a principal importância das companhias aéreas regionais é ligar importantes cidades do interior com os grandes centros localizados em várias regiões do país, dando maior agilidade e comodidade aos passageiros, que não precisam ir até a capital do estado para só depois pegar outro vôo para o seu destino final. Outra importante função das regionais é a de servirem como alimentadoras (feeder lines) das rotas nacionais e internacionais de grandes companhias aéreas.

Além dos vôos diretos, outra facilidade são os horários que possibilitam que os clientes passem o dia na capital de destino e depois retornem a Ribeirão no mesmo dia.

Os vôos também vão possibilitar a ligação entre Curitiba e Belo Horizonte (nos dois sentidos) com conexão em Ribeirão.

A Passaredo também oferece aos passageiros vantagens com relação ao preço. A empresa opera com aeronaves EMB Brasília 120, equipamento nacional de qualidade reconhecida internacionalmente e com baixo consumo de combustível. De acordo com a direção da empresa, essa economia no combustível é repassada integralmente para os passageiros proporcionando uma tarifa mais acessível.

Em 2004, a Passaredo passou por um reposicionamento estratégico no mercado de transportes aéreos. Com uma marca fortalecida, a empresa inaugurou novas rotas nesse período e os investimentos indicam contínua expansão para os próximos anos. A sua receita operacional líquida saiu de R$ 4,392 milhões em 2004 para R$ 13,858 milhões em 2006, ou seja, crescimento acumulado de 315,43% nesse período.Com custos operacionais ainda muito altos em 2006, cerca de 85% da receita operacional líquida, apesar das despesas operacionais terem ficado dentro do aceitável, representando cerca de 19% da receita líquida (na GOL, as despesas operacionais ficaram em 16% da receita líquida), a empresa não conseguiu um resultado líquido positivo. Apresentou um prejuízo de 979 mil reais em 2006, demonstrando ainda assim uma melhora significativa sobre 2004, quando obteve um prejuízo de R$ 3,495 milhões. A ANAC ainda não publicou os resultados de 2007.

No primeiro bimestre desse ano, a participação de mercado da Passaredo ficou em 0,12%, sendo que no mesmo período do ano passado havia ficado em 0,04%. Durante o ano passado, a oferta (em assentos-quilômetro oferecidos) da companhia cresceu 78% e o fluxo de passageiros (em passageiros-quilômetro pagos transportados) aumentou 75%.

Fontes: Anuários Econômicos do Transporte Aéreo e Dados Comparativos Avançados (Disponíveis em: anac.gov.br); Portal Fator Brasil; Jetsite; Passaredo

21 de março de 2008

TRIP: Crescendo na região da RICO


A TRIP vem aumentando sua participação de mercado, principalmente após engolir as operações da TOTAL linhas aéreas em novembro do ano passado, transformando-se assim na maior companhia aérea regional do Brasil. A empresa, com sede em Campinas, apresentou um crescimento notório, principalmente em direção à chamada nova fronteira agrícola do país. A companhia começou a unir as regiões Sudeste e Sul com o Centro-Oeste e estados da região Norte como Rondônia, Amazonas, Pará e Tocantins. É importante destacar que a TOTAL já operava antes no Amazonas, a partir de Manaus (onde possui uma base operacional) principalmente em vôos contratados pela Petrobrás.

Atualmente, a TRIP já opera, a partir de Manaus, para mais cidades dos estados do Amazonas e Rondônia do que a RICO. Dessa forma, a RICO vem perdendo cada vez mais participação na região onde outrora foi a principal operadora. A TRIP chegou com seus aviões ATR-42, os quais são equipamentos bem mais novos e confortáveis, e muito mais adequados para as características da região: clima quente e úmido e pistas em sua maioria com infraestrutura deficiente, não adequadas para jatos, principalmente do porte de um 737-200 (um dos equipamentos operado pela RICO). Além dos antigos, ineficientes (gasto enorme de combustível) e inadequados 737-200, a RICO também opera com EMB-120 Brasília e EMB-110 Bandeirante, modelos menores, antigos e bem menos confortáveis do que os modernos ATR-42 operados pela TRIP.

Desse modo, não fica difícil entender porque a TRIP se tornou a melhor opção no estado do Amazonas - com vôos a partir de Manaus para 16 cidades do Amazonas e Rondônia - enquanto a RICO voa para apenas 9 cidades desses mesmos estados, também a partir de Manaus. De Manaus, a TRIP também voa para cidades do estado do Pará, como Santarém, Porto Trombetas, Altamira, Belém, Carajás e Tucuruí. Para cidades do Pará, a RICO voa apenas para Itaituba, Santarém, Altamira e Belém.

Com uma frota antiga e inadequada para a região onde opera, ficou muito difícil para a RICO enfrentar a concorrência direta da TRIP, que chegou com aviões novos, modernos e econômicos, mostrando-se bem mais adequados para o clima e pouca infraestrutura da maioria das pistas da Amazônia. Assim, a RICO vem amargando altíssimas quedas na oferta de assentos e quantidade de passageiros transportados. Durante o ano de 2007, a oferta de assentos da RICO caiu 24,2% com relação a 2006, enquanto o fluxo de passageiros transportados caiu 23,4% ante 2006. Nesse mesmo período, a TRIP aumentou sua oferta de assentos em 33%, apresentando um aumento de 30,5% na quantidade de passageiros transportados. Desse modo, enquanto a participação de mercado (em quantidade de passageiros transportados) da RICO despencou de 0,53% em 2006 para 0,36% em 2007, a participação da TRIP saiu de 0,40% em 2006 para 0,47% em 2007.

No primeiro bimestre deste ano, a RICO registrou queda de 54,4% na oferta de assentos nos seus aviões e diminuição de 55,8% no número de passageiros transportados, levando a sua participação de mercado cair de 0,63% para 0,25%. Já a TRIP apresentou um crescimento de 160% na oferta de assentos e aumento de 177,8% na quantidade de passageiros transportados no primeiro bimestre de 2008, com isso, sua participação de mercado mais do que dobrou, saltando de 0,35% para 0,88%, ou seja, um aumento de 151,43% ante o mesmo período do ano passado.

Fontes: Anac - Dados Comparativos Avançados; Jetsite; RICO; TRIP;

Preços de passagens poderão aumentar 15,3%


A 4ª Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, realizada pela Fundação Getúlio Vargas, revelou dados interessantes sobre as companhias aéreas. Segundo os empresários consultados, o faturamento bruto aumentou, em média, 22,8% em 2007 (contra 42,4% em 2006 e 21,5% em 2005). As companhias aéreas aplicaram a estratégia de atender novos destinos, aumentar as operações internacionais, conquistar maior participação de mercado, o que conseqüentemente, acarretou no incremento de passageiros transportados. A evolução favorável da economia e do mercado, registrada em 2007, induziu a ampliação do quadro de pessoal (+59,3% em relação a 2006), até mesmo para compensar o aumento da frota.

Com relação aos preços, registrou-se declínio de 10,2% em 2007, sendo que nos anos de 2005 e 2006, os preços caíram 6,7% e 6,4%, respectivamente.

Após tênue redução de 3% nos custos, verificada em 2006, observou-se que em 2007 a variação média alcançou um nível mais acentuado, com um incremento de 12,5%, porém menor do que em 2005, quando houve um aumento de 14,2%. Importante lembrar que um dos mais relevantes custos das empresas aéreas está relacionado aos preços dos combustíveis. Outros fatores influentes são a folha de pagamentos e as despesas com manutenção e revisão das aeronaves, assim como as tarifas de pouso e decolagem e de auxílio à navegação.

No início de 2008, alguns dos limitadores à expansão dos negócios das empresas são a infraestrutura aeroportuária e a legislação, enquanto que os que menos inibem esse crescimento são o aumento de no-shows e o cancelamento de vôos.

Em 2008, deverão ser realizados investimentos na aquisição de novas aeronaves, nova plataforma tecnológica e treinamento e capacitação da mão-de-obra.

As expectativas para 2008 são de significativa expansão do faturamento: 33,6% com relação a 2007, o que deverá possibilitar um aumento do quadro de pessoal (estimado em 17,5%). Ainda segundo o estudo, existem perspectivas de aumento de custos e de preços em 2008: 9,0% e 15,3%, respectivamente. Se esse reajuste de preços de fato for praticado, seria o primeiro aumento desde 2005, quando o segmento foi incluído na pesquisa. A Infraero já negocia com a Anac o reajuste de tarifas. O aumento deve entrar em vigor no segundo semestre primeiro nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos, Galeão, Brasília e Recife. A última correção ocorreu em 1997, quando houve aumento de 6,7%.

Fonte: Jetsite;
Portal Brasileiro do Turismo


Aeroportos da região Norte crescem 15,48%

Conforme divulgado pela assessoria de imprensa da Infraero, os aeroportos do Pará, Amapá e Maranhão tiveram 345.064 passageiros embarcados e desembarcados nos dois primeiros meses de 2008. O número foi 15,48% maior do que a movimentação de 298.820 passageiros em janeiro e fevereiro de 2007.

Os aeroportos também apresentaram aumento na movimentação de aeronaves. Em relação ao primeiro bimestre do ano passado, o número de pousos e decolagens foi para 9.791, crescimento de 7,61%.

O maior aumento na movimentação de passageiros foi registrado no Aeroporto de Marabá/PA: 160,80% nos dois primeiros meses de 2008. Foram 34.917 embarques e desembarques em janeiro e fevereiro de 2008 contra 13.419 no mesmo período em 2007. O índice reflete o crescimento da cidade paraense, cujo PIB (Produto Interno Bruto) hoje supera a casa de R$ 1 bilhão. A economia de Marabá tem crescido pela implantação de siderurgias e industrialização mineral de produtos como manganês, ferro, cassiterita, ouro e cobre. Também são processados minerais não-metálicos como seixo, areia, argila e quartzo.

Outro fator de crescimento no número de passageiros foi o aumento da oferta de vôos com a entrada da GOL em abril de 2007.

Fonte:Infraero - Assessoria de Imprensa

19 de março de 2008

Deputado solicita fechamento do aeroporto de Jacarepaguá

Após as ocorrências próximas ao aeroporto de Jacarepaguá - Rio de Janeiro, o deputado estadual Pedro Paulo(PSDB) solicitará ao presidente da Infraero o fechamento do aeroporto. O deputado já esteve reunido com a ANAC e oficializou o pedido junto ao órgão. O sabichão afirma que existe um acréscimo de vôos muito acima da média do aeroporto. O parlamentar enviou ao MP federal pedido de fechamento do aeroporto e de instauração de inquérito civil para avaliar os riscos.

É impressionante como têm parlamentares que não sabem nada sobre um determinado setor e mesmo assim tentam legislar a respeito. Antes de saírem tentando tomar medidas sem um mínimo de embasamento técnico, eles deveriam primeiro estudar a respeito, consultar especialistas da área, e não ficar tomando decisões a toque de caixa, com a finalidade de tirar proveito próprio, de angariar votos. Na aviação, principalmente, exigem-se conhecimentos técnicos profundos. Por favor senhor deputado, vá conversar primeiramente com especialistas da área, vá conhecer como a aviação funciona lá fora, como nos Estados Unidos e na Europa, não faça esse papelão, cujo objetivo nítido é o de obter vantagens nas próximas eleições.

Fonte: Jetsite.

18 de março de 2008

Neeleman apresenta contrato social de empresa aérea à Anac


Conforme divulgado pelo site da revista Exame, o empresário David Neeleman (foto), fundador da americana jetBlue, apresentou, no último dia 12, o contrato social da nova empresa (que ainda não tem nome comercial) à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Essa é a primeira fase em um processo que deve culminar no CHETA (Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo), a autorização para que a companhia passe voar.

Segundo um executivo do setor, a atitude de Neeleman demonstra que sua primeira estratégia para entrar no Brasil – a de comprar uma companhia aérea regional e, assim, conseguir a licença para operar imediatamente – não deu certo.

Desde o final do ano passado, o empresário analisou a compra de três companhias brasileiras do setor – nenhum dos acordos vingou, mas as tentativas demonstram o interesse de Neeleman pelo país.

A primeira foi a BRA. Em setembro de 2007, antes de a empresa entrar em processo de recuperação judicial, Neeleman se encontrou com Humberto Folegatti, fundador da BRA, mas desistiu do negócio diante das dívidas da companhia. A segunda empresa estudada foi a TAF, que transporta passageiros e carga nas regiões Norte e Nordeste. Neeleman entrou em contato com executivos da empresa em novembro do ano passado, mas nem sequer marcou uma reunião com os controladores. Por último, um executivo próximo à Neeleman pediu informações para a Vasp, empresa em recuperação judicial.

Neeleman pretende promover uma votação pela internet para escolher o nome da nova companhia aérea. O desenvolvimento da marca deverá ficar a cargo do publicitário Nizan Guanaes, da agência Africa.

O fundador da americana jetBlue já teria cerca de 200 milhões de dólares para investir na empresa brasileira. A frota será composta por aeronaves da família 190 da Embraer. Neeleman estaria concluindo a compra de 36 jatos, com opções de compra para mais 38 unidades. Esses aparelhos possuem cerca de 100 lugares, bem menores que os da frota de suas futuras rivais TAM e Gol.

Ex-missionário mórmon, David Neeleman nasceu no Brasil. Por isso, a legislação não o impede de possuir uma companhia aérea no país. Em 1999, ele fundou a JetBlue, em Nova York. Hoje, a companhia tem mais de 500 vôos diários. No ano passado, a jetBlue passou por uma grave crise de imagem depois que o mau tempo nos Estados Unidos fez com que mais de 1.700 de seus vôos fossem cancelados. Três meses depois desse episódio, Neeleman deixou a presidência executiva da empresa – exatamente o período em que passou a se interessar pelo Brasil.

Fonte: Portal Exame

15 de março de 2008

Faturamento da Absa Cargo cresce 20%


Pelo segundo ano consecutivo, as importações foram responsáveis pelo bom desempenho da companhia em 2007.

A ABSA Cargo Airline, empresa de carga aérea de bandeira brasileira, registrou crescimento de 20% no faturamento bruto de 2007 em comparação com 2006, contabilizando US$ 244,2 milhões ante os US$ 203,5 milhões do ano anterior. Pelo segundo ano consecutivo, a desvalorização do dólar frente ao real contribuiu para que as importações fossem responsáveis pelo bom desempenho da companhia. Em 2007, as importações responderam por 58% da receita total obtida pela ABSA Cargo Airiline, registrando crescimento 33% em relação ao ano anterior, atingindo a cifra de US$ 141,4 milhões. Para continuar crescendo em 2008, a companhia busca ampliar sua frota para aumentar a oferta de espaço ao mercado brasileiro.

O desempenho registrado superou as expectativas da companhia, que trabalhava com a meta de consolidar os bons resultados obtidos no ano de 2006 - que contabilizou crescimento de 31% no faturamento bruto – visto que a empresa apresentava uma margem muito pequena para seguir crescendo da mesma forma, como nos anos anteriores, por causa da utilização otimizada de horas de vôo da frota da companhia. “Em 2007 tivemos um enorme aumento da carga de importação e também as exportações continuaram crescendo, registrando aumento de 5%, o que influenciou positivamente o faturamento bruto total da companhia”, explica o diretor-presidente da ABSA Cargo Airline, Norberto Jochmann.

Jochmann assinala que parte desse resultado deve-se aos problemas de desabastecimento enfrentados pela Venezuela, no final do ano passado, que obrigou o país vizinho a importar, de forma maciça, por via área, gêneros de primeira necessidade. “A ABSA participou ativamente nesse tráfego de vôos extras, realizando perto de 40 vôos fretados para aquele país até meados de dezembro 2008. Esse negócio adicional inesperado contribuiu, de maneira decisiva, para melhorar o resultado final do nosso fluxo de carga aérea exportação”, explica.

Mais espaço - Assim como no ano anterior, as atividades de despacho de carga aérea para outras empresas com as quais a companhia mantém acordos de prestação de serviços apresentaram incremento da ordem de 35% em relação a 2006, chegando a pouco mais de US$ 12 milhões.

O movimento total de carga exportação transportada pela ABSA Cargo Airline também registrou acréscimo: foram 12% a mais que no ano anterior, contribuindo positivamente para o incremento do faturamento da companhia. Esse aumento registrado significou um crescimento de 3% da carga transportada em frota própria e 16% por meio dos acordos que a ABSA tem com outras companhias. A frota própria da ABSA Cargo Airline conta com dois cargueiros Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas por viagem, incluindo itens como produtos perecíveis, animais vivos e artigos controlados.

Para este ano, as perspectivas refletem as conseqüências da desvalorização do dólar, segundo o presidente da companhia. “A importação continuará a crescer a olhos vistos, enquanto as exportações por via aérea continuarão com crescimentos tímidos. Por isso, nossa meta de crescimento do faturamento bruto é relativamente baixa - 5%”, explica. A falta de capacidade adicional disponível para transporte é outro fator limitador para o crescimento da empresa, reconhece Norberto Jochmann.

“Com a utilização otimizada de nossa atual frota, não há mais espaço útil para um crescimento maior. Estamos nos empenhando em arrendar, de forma temporária, pela modalidade de intercâmbio de aeronave, um B767-300F da LAN Cargo, o que nos possibilitaria aumentar a nossa oferta de espaço no mercado brasileiro em torno de 20% a 25%. Mas para isso dependemos da aprovação desse modelo de arrendamento parcial por parte da Autoridade Aeronáutica Brasileira”, afirma o presidente da ABSA Cargo Airline.

A empresa - A ABSA Cargo Airline está sediada no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP) e mantêm filiais nos principais aeroportos do país. Em atividade desde 1995, a ABSA começou a operar vôos regulares cargueiros em 2001e conta atualmente com uma equipe de cerca de 300 funcionários. Em cooperação com as suas parceiras de Aliança Estratégica, a ABSA oferece no mercado brasileiro uma extensa e variada malha de destinos em toda América Latina, Estados Unidos, América Central, Europa, Oceania e Ásia.

Fonte: Portal Fator Brasil

Bauru tenta manter vôos comerciais

A Associação Comercial e Industrial e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) em Bauru, vão protocolar na segunda-feira ações civis públicas onde pedem liminares para a manutenção dos vôos comerciais no aeroporto local a partir do próximo dia 25, quando a Pantanal - única operadora do aeródromo - será impedida de voar. A empresa não poderá voar porque deixou de apresentar documentação de regularidade fiscal exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A decisão de recorrer à justiça foi tomada em reunião do Conselho de Desenvolvimento Regional (Coder), realizada ontem, e defenderá o interesse publico e o direito constitucional de mobilidade humana através do transporte aéreo. Conforme o empresário Domingos Malandrino, diretor do Ciesp, a ação começa por Bauru e deve envolver Marilia, Presidente Prudente e Araçatuba, as outras praças cujos aeroportos também ficarão ociosos se a Pantanal for obrigada a parar e não houver outra empresa para assumir suas linhas.

O representante local da companhia aérea tem dito que o departamento jurídico da empresa está trabalhando em busca de uma solução que poderá ser anunciada nos próximos dias. Consultada, a ANAC afirma categoricamente que a empresa perdeu todos os prazos para apresentar a documentação e terá de parar.

Em Presidente Prudente, a GOL já opera vôos partindo também de Congonhas, chegando em Prudente às 22:10 e partindo para Congonhas às 05:50. Já para as outras cidades, apenas a PANTANAL opera vôos regulares a partir de São Paulo. Haverá também problemas para os passageiros da TAM que fazem conexão em Congonhas para os destinos do interior de São Paulo operados pela PANTANAL. A PANTANAL possui um acordo para transportar os passageiros da TAM, a partir de Congonhas, para Marília, Bauru e Presidente Prudente. Pelo site da TAM, ao se escolher partir de Congonhas para qualquer dessas cidades do interior paulista, com retorno dia 25/03/08 (data na qual a PANTANAL não poderá mais operar), aparece a seguinte mensagem: Não existem vôos disponíveis para esta data e período ou todos os vôos estão lotados. Uma solução imediata para não haver transtornos principalmente para os passgeiros da TAM e para não deixar as cidades de Bauru e Marília sem vôos regulares a partir da capital, seria designar aviões da TOTAL e/ou da TRIP, que aliás são do mesmo modelo dos da Pantanal, para assumir essas rotas, uma vez que a TRIP e a TOTAL já possuem acordos de conexões com a TAM nas rotas da região norte. Mas isso dependerá, claro, da disponibilidade de aviões por parte da TRIP e TOTAL até que as mesmas pudessem incorporar novas aeronaves ou até mesmo a frota de seis aviões ATR-42 da PANTANAL.

Fonte: Agência Estado

Congonhas voltará a ter conexões


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou que, a partir de amanhã, entra em vigor a permissão para que o Aeroporto de Congonhas volte a operar com escalas e conexões, proibidas desde julho do ano passado. A Anac avisou que isso não implicará alteração no número de pousos e decolagens permitido para o aeroporto - ficarão 30 slots por hora para a aviação comercial e 4 para a aviação geral. O Aeroporto de Congonhas poderá ainda voltar a receber vôos charters, mas apenas nos fins de semana.

A agência também anunciou que, a partir do dia 24, quando entra em vigor a nova malha aérea, da baixa estação, as empresas aéreas serão obrigadas a manter as aeronaves por pelo menos 30 minutos em solo entre os vôos. De acordo com a agência, todas as companhias aéreas subestimam o tempo de solo, principalmente em vôos de conexão em horários de pico.

A obrigação de manter um tempo mínimo de solo foi a forma encontrada pela Anac para elevar a pontualidade no setor, enquanto não dispõe de instrumentos legais para multar as companhias pelos atrasos. A Anac quer poder punir os atrasos superiores a uma hora. Pelas regras atuais, as companhias só têm obrigação de prestar assistência aos passageiros, com alimentação e, se for o caso, acomodação, quatro horas depois do horário do vôo. As novas regras deverão ser estabelecidas por meio de resoluções do Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac).

O que se espera do órgão regulador são atitudes ponderadas e racionais, e não tomar decisões a toque de caixa como foi a de proibir, a partir de julho do ano passado, conexões em Congonhas, desmontando assim, um hub-and- spoke, ou seja, um aeroporto principal (hub) onde ocorrem as conexões dos vôos que chegam com os muitos vôos que partem para outros destinos (spokes) nas pontas da malha aérea de uma companhia. Os hubs são muito importantes, pois possibilitam às companhias aéreas aumentar o número de frequências e cidades servidas, maximizando assim o uso dos seus caríssimos aviões. Desse modo, quantos mais destinos servir, melhor será um hub. Atualmente, toda companhia aérea lucrativa opera pelo menos um hub importante. Um dos motivos da diminuição dos preços das passagens e consequente explosão da demanda no Brasil foi o estabelecimento e operação eficiente, ao longo dos últimos anos, de dois hubs principais: Guarulhos e Congonhas, principalmente pelas duas maiores companhias, Tam e Gol. Foi esse aumento no número de frequências e localidades servidas (crescimento da oferta), só possíveis pelo estabelecimento de um hub, que possibilitaram, em boa parte, o barateamento das passagens.

Agora, a agência volta atrás e libera conexões e escalas em Congonhas. E os custos a mais gerados para as companhias aéreas pelo desmantelamento, realizado por completa incompetência da Anac, de um dos principais hubs do país? Será que as companhias serão reembolsadas pelos prejuízos resultantes da medida estapafúrdia de proibir conexões e escalas em Congonhas?

Infraero poderá ser multada por irregularidades

A fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos aeroportos no mês de janeiro, batizada de Operação Hora Certa, encontrou centenas de irregularidades praticadas não apenas pelas companhias como também pela Infraero. E como as empresas, a estatal responsável pela administração dos aeroportos também poderá ser multada.

Segundo fontes do setor, algumas irregularidades cometidas pela Infraero geraram autos de infração. Caso as defesas a serem apresentadas pela Infraero no processo administrativo não sejam aceitas, a estatal será multada - pela primeira vez desde a criação do órgão regulador.

Dentre as irregularidades de responsabilidade da Infraero e que contribuíram para os atrasos está desde uma marcação deficiente na pista do aeroporto de Brasília até problemas com pessoal. No dia 26 de janeiro, por exemplo, um vôo da Gol atrasou porque o fiscal da Infraero que libera o push back (movimentação da aeronave pelo trator, de ré, para dar partida) ausentou-se por 5 minutos do local.

De acordo com a agência, alguns autos de infração foram aplicados às empresas e à Infraero durante a fiscalização nos aeroportos. Outros tantos deverão ser aplicados com a conclusão das análises de todos os 380 relatórios produzidos pelos fiscais entre os dias 21 e 29 de janeiro. Esta foi a primeira “blitz” realizada pela agência desde sua criação em 2005.

Fonte: Agência Estado.

Anac aumenta tempo de aviões em solo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou no dia 14 de março que, para reduzir os atrasos dos vôos, os aviões de passageiros permanecerão mais tempo em solo, a partir de 24 de março. A decisão de ampliar esse tempo consta do planejamento da nova malha aérea que a Anac pretende implantar a partir dessa data, de acordo com a informação divulgada no site da agência.

A decisão foi tomada depois que a Anac constatou que a principal causa dos atrasos registrados no início do ano foi o pouco tempo previsto no planejamento das companhias para a permanência de suas aeronaves em solo, principalmente nos vôos com conexões. A constatação foi feita durante a "Operação Hora Certa", na qual os fiscais da agência fizeram 234 inspeções de rampa, 144 fiscalizações de aeronaves em solo e 46 em vôo, no período de 21 a 29 de janeiro.

Na malha aérea das empresas, os fiscais identificaram vôos em que a programação de permanência no solo era de menos de 30 minutos. Esse tempo, em alguns aeroportos, é insuficiente, segundo a Anac, para a realização das operações de desembarque, novo embarque e decolagem. A fiscalização foi feita em vôos das quatro maiores companhias brasileiras: TAM, Gol, OceanAir e Varig.

Em um dos aeroportos fiscalizados, a Anac constatou uma interferência de rádio pirata nas comunicações entre uma aeronave em vôo e o comando de tráfego aéreo da Aeronáutica. Segundo a agência reguladora, a fiscalização realizada em janeiro resultou numa redução dos atrasos. Em fevereiro, 7,1% dos vôos, em média, atrasaram mais de uma hora, ante uma média 10% verificada em janeiro.

Fonte: Agência Estado

14 de março de 2008

David Neeleman define executivos


A empresa ainda não tem nome, mas quem vai cuidar do desenvolvimento da nova marca é o publicitário Nizan Guanaes. A agência Africa está concluindo as negociações com David Neeleman (foto) e em breve deve ser anunciada como a agência da nova companhia aérea a ser lançada pelo empresário americano no Brasil, revelam fontes do setor. A assessoria da Africa confirma a existência de conversas, mas diz que não há nada fechado.


Neeleman está no Brasil entrevistando potenciais executivos para o cargo de presidente. A reportagem apurou que o vice-presidente de operações será Miguel Dau, atual gestor judicial da Flex, nome fantasia das empresas remanescentes do grupo Varig. Procurado, Dau não confirma a informação, mas lembra que seu mandato na Flex vence em julho. Ex-comandante da Varig, Dau foi um dos últimos vice-presidentes operacional da companhia até a sua venda em leilão judicial.


Outro nome definido, e já confirmado, é o de Gianfranco Beting, que será o diretor de marketing. Filho do jornalista Joelmir Beting, Gianfranco é publicitário e jornalista, com passagens pela DM9 e Transbrasil. Até se engajar no novo projeto de Neeleman, Gianfranco dedicava-se a seu próprio site de aviação, o Jetsite.


Fonte: Agência Estado.

13 de março de 2008

OceanAir anuncia novidades


A OceanAir anunciou uma série de medidas para ampliação de suas operações no país e visando faturar próximo de US$ 500 milhões de dolares em 2008.

A partir do dia 31 deste mês, a empresa passará a operar na ponte aérea Rio-São Paulo, e lançou um vôo ligando Porto Alegre - Curitiba - São Paulo, além de outros com destino a Belo Horizonte e Vitória saindo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e um último entre Ji Paraná e Porto Velho.

Na malha internacional, vai inaugurar um vôo para Cancún, partindo de São Paulo e outro para Luanda.

Para manter a expansão das operações no país, a empresa pretende incorporar novas aeronaves à sua frota nos próximos meses. Até junho a OceanAir terá um avião a mais na frota por mês, incluindo os Boeing 737-300 ex-BRA.

A companhia fechou 2007 com 2,43% de participação de mercado. No acumulado deste ano, até fevereiro, sua participação ficou em 4,34%. Sua receita operacional líquida saiu de R$ 58,816 milhões em 2004 para R$ 186,362 milhões em 2006, ou seja, crescimento de 216,86% no período, conforme dados divulgados pelos Anuários Econômicos do Setor publicados pela Anac. Os dados de 2007 ainda não foram publicados. A companhia ainda não é rentável, com custos operacionais sempre maiores do que a receita líquida durante esses três anos. Em 2006, a empresa teve um prejuízo de R$ 87,151 milhões.

Fonte: Anac; Portal Aviação Brasil

11 de março de 2008

Mercado doméstico: Fevereiro 2008 x 2007

No mês de fevereiro, o mercado doméstico cresceu 12,9% (Passageiros-quilômetro pagos transportados) em relação ao mesmo mês de 2007. A oferta, em assentos-quilômetro oferecidos, cresceu 15,8% no mesmo período. Com esse crescimento maior da oferta em relação à demanda, a taxa média de ocupação caiu de 68% em fevereiro de 2007 para 66% em fevereiro último. Já em fevereiro de 2007, a situação estava melhor, pois além de ter havido um maior crescimento do mercado, esse crescimento ficou maior do que o crescimento da oferta, ou seja, 16,1% e 13,7%, respectivamente, elevando assim a taxa média de ocupação de 66% (fevereiro de 2006) para 68%. Observa-se assim que em fevereiro deste ano o mercado cresceu 3,2 pontos percentuais a menos do que no mesmo mês do ano passado e voltou para a mesma taxa média de ocupação observada em fevereiro de 2006.No acumulado deste ano, até fevereiro, o desempenho também piorou com relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto que no acumulado dos dois primeiros meses de 2007 o mercado cresceu 14% e a oferta cresceu 13,4%, neste ano o mercado cresceu apenas 9,3% e o crescimento do número de assentos-quilômetro oferecidos ficou 3,4 pontos percentuais superior ao crescimento do mercado, ou seja, 12,7%, provocando assim uma queda na taxa média de ocupação de 71% no acumulado de janeiro a fevereiro de 2007 para 69% no mesmo período deste ano.

Com relação à participação de mercado das companhias, a TAM mantém a liderança, fechando fevereiro com 50,59% do mercado, em fevereiro de 2007, sua participação havia sido de 46,88%, ou seja, um aumento de 7,91%. A participação da GOL, segunda colocada, caiu de 40,60% em fevereiro do ano passado para 38,41% em fevereiro desse ano. Com isso, a TAM conseguiu, com relação à participação de mercado, ampliar significativamente sua vantagem sobre a GOL de 6,28 pontos percentuais em fevereiro de 2007 para 12,18 pontos percentuais em fevereiro deste ano. No último mês de janeiro, essa vantagem da TAM era de 9,49 pontos percentuais. No período de janeiro a fevereiro, a vantagem da TAM aumentou de 7,68 pontos percentuais em 2007 para 10,61 pontos percentuais neste ano, ou seja, sua participação de mercado saiu de 47,05% no mesmo período de 2007 para 49,42% em 2008, enquanto a GOL teve sua participação diminuída, saindo de 39,37% para 38,81% neste ano.

A Webjet e a TRIP são os outros destaques observados. A participação de mercado da Webjet saltou de 0,64% em fevereiro de 2007 para 1,50% em fevereiro último, ou seja, um aumento de 134,4%. Já a TRIP, saiu de um market share de 0,38% em fevereiro do ano passado para 0,91% em fevereiro desse ano, aumentando assim em 139,5% sua participação de mercado. Na verdade, isso parece ser devido a constante redução de participação da TOTAL, observada desde a época em que essas duas empresas anunciaram uma união de suas operações, talvez esteja aí uma das explicações desse significativo crescimento em participação de mercado da TRIP. A participação da TOTAL saiu de 0,46% em fevereiro de 2007, ou seja, uma participação maior do que a da TRIP nesse período, para 0,14% em fevereiro último. Quando se considera as duas empresas como uma única, observa-se que em dezembro último, primeiro mês das operações conjuntas, a participação consolidada ficou em 1,02% do mercado, em janeiro de 2008, essa participação subiu para 1,12%, e em fevereiro agora houve uma pequena queda para 1,06%.


Fonte: Anac

Pantanal não terá novos prazos

Apesar de ter sido comunicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que sua concessão de operadora de transporte aéreo, que vence no dia 24 de março, não será renovada, a Pantanal não reconhece a informação. Quem liga na central de reservas (0800 6025888) é informado que está "tudo normal". "A informação que passaram para nós é de que isso não é verdade, que a empresa não vai parar", disse a atendente.

A diretoria da Anac tomou a decisão de não renovar a concessão da Pantanal por falta de certidões negativas de débito com Receita e Previdência. O prazo para a empresa apresentar as certidões venceu na última sexta-feira. "O prazo acabou e não pode ser estendido", informou a Anac, por meio de sua assessoria de imprensa. De acordo com a Anac, a empresa não está impedida de solicitar um novo cheta - certificado que habilita uma empresa a voar. Mas, para isso, ela terá de "começar do zero".

Atenta à deterioração financeira da Pantanal nos últimos meses, a Anac determinou, no dia 12 de fevereiro, que a companhia limitasse a venda de bilhetes para um período de 15 dias. Na central de reservas, a regra está sendo respeitada. Ontem, só era possível comprar bilhetes para voar até o dia 24 deste mês. A partir dessa data, a empresa aceita reserva, mas não vende o bilhete.

Fonte: Agência Estado



7 de março de 2008

Pantanal Linhas Aéreas vai parar de operar



Conforme noticiado nesta sexta (07/03) pelo portal Exame, a empresa Pantanal Linhas Aéreas vai parar de operar a partir do próximo dia 25. A decisão foi tomada hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A empresa tinha até hoje para encaminhar uma série de documentos exigidos pela agência. Dentre eles estavam comprovantes de pagamentos de impostos e obrigações trabalhistas além de informações sobre a regularidade técnica e operacional da companhia. Como os documentos não foram entregues, a agência decidiu não renovar a concessão de transporte aéreo da companhia – que vence no próximo dia 25.

Com isso, os 34 slots (horários de pousos e decolagens) da Pantanal em Congonhas serão retomados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com a iminência do seu fechamento, a concorrência já está de olho nessa quantidade considerável de slots.

A Pantanal vem enfrentando problemas há mais de uma década. Apenas três anos depois de ter sido fundada, a companhia foi colocada à venda. O negócio só não foi fechado por causa do tamanho da dívida da companhia – cerca de 30 milhões de reais na época, valor considerado alto para uma empresa de aviação regional. Depois disso, a companhia foi analisada pela TAM, que não teria fechado o negócio exatamente pelo mesmo motivo.

Fundada em 1993 pelo empresário Marcos Sampaio Ferreira (ex- controlador da Bombril), a Pantanal opera com seis aviões ATR-42 de 45 lugares para as cidades de Presidente Prudente, Araçatuba, Marília e Bauru no interior de São Paulo, além de Juiz de Fora em Minas Gerais e Mucuri na Bahia. A companhia fechou 2007 com uma participação de 0,21% do mercado.

Pantanal Linhas Aéreas corre risco de parar




Conforme divulgado pela revista Exame nesta quinta-feira (06/03), a empresa Pantanal Linhas Aéreas pode parar de operar nas próximas semanas. Depois de receber uma denúncia de que a companhia tem atrasado os salários de seus funcionários, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), enviou na última sexta-feira (29), um ofício à empresa exigindo a apresentação de documentos que comprovem o pagamento de tributos e obrigações trabalhistas. Se até esta sexta-feira (7/3), a companhia não demonstrar que tem as contribuições em dia, a empresa pode ser proibida de vender bilhetes. A Anac ainda não definiu qual seria a punição da aérea, mas, segundo a assessoria de imprensa da agência, existe o risco de a Pantanal deixar de operar.

Essa não é a primeira vez que a Pantanal enfrenta problemas. Em 1996, apenas três anos depois de ter sido fundada, a companhia foi colocada à venda. O negócio só não foi fechado por causa do tamanho da dívida da companhia – cerca de 30 milhões de reais na época, valor considerado alto para uma empresa de aviação regional. Depois disso, a companhia foi analisada pela TAM, que não teria fechado o negócio exatamente pelo mesmo motivo. Segundo fontes próximas à companhia, a Pantanal está envolvida atualmente em mais uma negociação de venda.

Fundada em 1993 pelo empresário Marcos Sampaio Ferreira (ex- controlador da Bombril), a Pantanal opera com seis aviões de 45 lugares para as cidades de Presidente Prudente, Araçatuba, Marília e Bauru no interior de São Paulo, além de Juiz de Fora em Minas Gerais e Mucuri na Bahia.

Empresas aéreas regionais no Brasil geralmente operam em regime deficitário, principalmente depois de extinta a suplementação tarifária. A TRIP teve que se unir com o sistema regional da TOTAL para que assim ambas pudessem aproveitar as sinergias e poder expandir, de forma mais robusta, seus ótimos serviços, principalmente para a chamada nova fronteira agrícola do país. Isso nos mostra que é preciso estar sempre atento às novas possibilidades de mercado, não se pode acomodar, a PANTANAL ficou acomodada, dependendo basicamente de conexões com vôos da TAM para cidades do interior de São Paulo, não soube aproveitar oportunidades de novos mercados, isso abriu espaço para o recente surgimento de concorrentes como a AirMinas e Passaredo.

Como todo amante da aviação, é triste ver uma companhia aérea nesta situação, afinal, isso significa também menos aviões operando em nossos aeroportos, principalmente quando se trata de empresas regionais, que operam em aeroportos do interior do país, os quais, na maioria das vezes, somente são interligados regularmente aos grandes centros por essas companhias. A Pantanal foi a pioneira no uso do modelo ATR-42 no mercado aéreo brasileiro. O ATR-42, fabricado pela européia Aerospatiale ( um respeitadíssimo integrante do consórcio EADS, mais conhecido como o tradicional fabricante de jatos comerciais para transporte de passageiros Airbus ) é uma aeronave bimotora turbo-hélice de excelentes características concebida para o transporte regional, ou seja, para a ligação entre grandes centros e cidades pequenas e médias, cujos aeroportos geralmente possuem uma infraestrutura deficiente para o recebimento de aeronaves a jato. Como prova das ótimas características deste eficaz bimotor que começou a ser produzido no início da década de 80, são as suas mais de 700 unidades voando para importantes empresas aéreas ao redor do mundo.



1 de março de 2008

GOL com nova promoção: seria o início de uma guerra tarifária?

A partir deste final de semana (01 e 02 de março), a GOL iniciou uma promoção chamada "Um trecho grátis", ou seja, na compra de passagens de ida e volta, um dos trechos é grátis. O regulamento da promoção encontra-se no site da companhia: www.voegol.com.br.

Na busca pelos locais para onde se consegue obter um dos trechos de graça, observa-se que os destinos para os quais um dos trechos é de graça são aqueles atendidos também pela Webjet e OceanAir. Assim, essa mais nova promoção parece ser uma reação da GOL contra os baixos preços praticados pela OceanAir e, principalmente pela Webjet, em mercados até então divididos apenas com a TAM.

Por exemplo, com partida do Rio de Janeiro (Galeão), no dia 25/03 para Porto Alegre, com retorno no dia 05/05, o trecho de ida na GOL é de graça para os seguintes horários de partida: 03:40; 08:00; 09:50;10:00; 15:15;15:25; 16:10; 17:30; 18:30 e 21:15, já para a volta, a tarifa mais barata sai por R$ 259,00 partindo às 14:50 de Porto Alegre. Pela Webjet, o menor preço de ida, no mesmo dia, sai por R$ 235,00 partindo às 15:05 do Galeão, e o retorno também sai por R$ 235,00 em qualquer das cinco opções de horário disponíveis. A tarifa mais baixa ficou com a OceanAir, que cobra R$ 209,00 pela ida em dois horários: 15:05 e 21:40; e o mesmo preço pela volta em três horários: 06:10; 06:20 e 09:50. Pela TAM, a tarifa mais barata disponível sai por R$ 369,50 para dez horários diferentes e para a volta a tarifa mais barata disponível também sai pelo mesmo preço para treze vôos.

Pesquisando vôos para datas mais recentes, como por exemplo, com partida dia 10/03 do Galeão para Curitiba e retorno no dia 13/03 pela Webjet, a tarifa de ida sai por R$ 159,00 para os três horários disponíveis para aquele dia: 08:00; 15:05 e 19:10. A volta sai pelo mesmo preço também em três horários: 08:45; 12:00 e 16:55. Pela OceanAir, a ida fica em R$ 185,00 no único horário oferecido: 14:55; a volta sai por R$ 165,00 também num único horário: 12:45. Já na GOL, a menor tarifa da ida sai por R$ 235,00 nos seguintes horários: 08:00; 09:50; 17:10; 19:00 e 21:15; e a volta sai de graça para os seguintes horários: 08:00; 09:10; 10:00;16:20; 19:15 e 21:00. Pela TAM, a tarifa mais barata disponível sai por R$ 289,50 tanto para a ida quanto para a volta, através da oferta de sete vôos na ida e de quatorze vôos na volta.

Para a rota Galeão-Brasília, também com partida dia 10/03 e retorno em 13/03, a Webjet oferece apenas um vôo, que sai às 10:35 do Galeão, cobrando uma tarifa de R$ 179,00; na volta, o valor da tarifa é o mesmo, com um vôo que sai às 12:50 de Brasília. A OceanAir também só oferece um vôo com saída às 09:00 cobrando R$ 229,00 e a volta também pelo mesmo preço, com saída somente às 18:55. A GOL, por sua vez, cobra R$ 304,00 pela menor tarifa de ida em sete diferentes horários e oferece a volta de graça também em sete diferentes horários. Pela TAM, a menor tarifa disponível sai por R$ 349,50 tanto na ida (em 14 vôos) quanto na volta (em 21 vôos).

Para a rota Galeão-Confins(Belo Horizonte), também com partida dia 10/03 e retorno em 13/03, a Webjet oferece apenas um horário: 06:00 na ida, por R$ 92,00, e às 23:10 na volta pelo mesmo preço. De acordo com o site da Webjet, essa tarifa é promocional. A OceanAir não tem vôos para essa rota. Já pela GOL, a tarifa mais barata para a ida é de R$ 226,00 em sete opções de horários e a volta é de graça também para sete horários diferentes. Nesta rota, e com sua tarifa promocional, ainda sai mais barato ir e voltar de Webjet (total ida e volta sem as taxas: R$184,00) do que ir e voltar de GOL ganhando um trecho de graça (total: R$ 226,00 sem as taxas), ou seja, pela Webjet, o passageiro terá uma economia de 18,58%. Pela TAM, dentre suas oito opções de horários na ida e dez na volta, consegue-se pagar R$ 189,50 na ida em dois horários diferentes; na volta tem apenas um horário pelo mesmo valor. Nesse caso, mais uma vez, tanto a GOL quanto a TAM têm a vantagem de ofertar um número bem maior de horários.

Esses são alguns exemplos, ou seja, pegando as principais rotas da Webjet e da OceanAir, para se comparar com a GOL. Nessas pesquisas realizadas, fica evidente uma disputa mais acirrada iniciada pela GOL por esses mercados, o que dá indícios de uma guerra tarifária, pelo menos dentro do período da referida promoção. Os preços da GOL, nos exemplos dados, estão mais altos de 10,21% a 145,65% do que os preços oferecidos pela Webjet. Isso pode significar que, ou a Gol é apenas uma empresa low cost, ou seja, está longe de ser também uma low fare - sendo inclusive alvo de críticas por parte de David Neeleman (fundador da jetBlue) ao dizer que o lucro da GOL está muito alto para uma empresa que se considera low cost/low fare - ou a Webjet está praticando preços muito baixos, operando com prejuízo. Eu, particularmente, não acredito nesta última hipótese, afinal, a CVC turismo, maior operadora de viagens da América Latina e dona da Webjet, não iria comprar uma companhia aérea para perder dinheiro.

Uma vantagem da GOL , quando comparada com a Webjet e OceanAir, é o seu grande número de horários nas suas principais rotas. A vantagem da Webjet, por sua vez, é operar parte dos fretamentos da CVC, a qual precisa fretar cerca de 150 aviões por semana, dependendo muito da aviação. Talvez essa seja uma explicação para os seus reduzidos preços quando comparados aos da GOL, pois a maioria dos assentos de um vôo, por exemplo, já estão vendidos para a CVC, e o restante dos assentos podem ser vendidos por um preço menor do que o praticado pela concorrência. Na verdade, a compra da Webjet foi uma forma da CVC resolver, pelo menos em parte, o problema de ficar nas mãos de apenas duas companhias como a TAM e a GOL, principalmente após a falência da Transbrasil e Vasp, e da enorme redução da Varig.

Uma coisa é certa, a GOL tem poder de fogo suficiente para defender seus mercados e atrapalhar os planos de crescimento da Webjet e da problemática OceanAir. Será que a TAM vai entrar nessa disputa também? Afinal, os preços da TAM, em sua maioria, são os mais altos para os mesmos trechos pesquisados acima, sendo que uma de suas vantagens, assim como a GOL, é também a grande quantidade de horários ofertados para as suas principais rotas.