22 de novembro de 2007

GOL e TAM: queda do lucro líquido no 3° trimestre

Tanto a GOL quanto a TAM registraram queda no lucro líquido durante o 3° trimestre deste ano, quando comparado ao mesmo período de 2006. Conforme os demonstrativos de resultados financeiros (pela Legislação Societária) divulgados na Bovespa, a GOL obteve um lucro líquido de R$ 49,42 milhões no 3° trimestre, sendo que no mesmo período do ano passado, tinha sido de R$ 232,23 milhões, ou seja, queda de 78,72%. Já na TAM, a queda foi de 77,45%, com o lucro líquido caindo de R$ 215,13 milhões (3° trimestre de 2006) para R$ 48,52 milhões no 3° trimestre atual.

No acumulado do atual exercício (01 de Janeiro a 30 de Setembro de 2007), o lucro líquido da GOL soma R$ 298,07 milhões, já no acumulado do mesmo período de 2006, ficou em R$ 491,08 milhões, ou seja, queda de 39,30%. A TAM, por sua vez, obteve um lucro líquido, no acumulado do atual exercício, no valor de R$ 79,06 milhões, contra R$ 475,56 milhões no acumulado do exercício anterior (01 de Janeiro de 2006 a 30 de Setembro de 2006), representando queda de 83,38%.

Percebe-se, assim, os efeitos nefastos do apagão, o qual foi provocado pela falta de planejamento das autoridades do setor e da incompetência do governo na fiscalização e repasse de verbas, resultando,
além da dor nos parentes das vítimas das duas maiores tragédias aéreas do país, em perdas milionárias para a aviação comercial brasileira , a qual estimula diretamente mais de 50 segmentos da atividade econômica, segundo estudo recente do Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (UnB). Isso demonstra que os efeitos econômicos da crise do setor aéreo extrapola os transtornos aos usuários e as perdas financeiras das companhias aéreas.

A recuperação da TAM está mais lenta, principalmente devido ao recente acidente com seu Airbus 320 em Congonhas, ocorrido no último mês de Junho, e também, como sua participação de mercado é maior, foi mais intenso para ela o aumento de custos devido às modificações nas malhas aéreas que as companhias foram obrigadas a realizar, transferindo vôos de Congonhas para Guarulhos. Por conta de toda essa sucessão de acontecimentos, houve um aumento rápido e expressivo nos custos e conseqüente queda nos lucros, além, é claro, de transtornos aos passageiros.

Fonte:
Informações por Período: Demonstrativos Financeiros, disponível em: bovespa.com.br ;
Centro de Excelência em Turismo: cet.unb.br

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