A BRA entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O pedido de recuperação judicial, meio jurídico que substituiu a concordata, foi entregue na segunda-feira, 26. A empresa tem dívidas superiores a 100 milhões de dólares. Como numa recuperação judicial o destino de uma companhia fica nas mãos dos credores, a medida seria uma forma de tirar os irmãos Humberto e Walter Folegatti do controle da empresa. A idéia do fundo Brazil Air Partners (formado por Goldman Sachs, Darby, Gávea e outros) que comprou 20% da empresa através do aporte de 180 milhões de reais no fim do ano passado, é fazer a empresa voltar a voar com um novo modelo de negócios, baseado nos jatos Embraer 195, de 100 lugares. A BRA é a terceira empresa brasileira a entrar com pedido de recuperação judicial. A primeira foi a Varig e a segunda, a Vasp. Para comandar o processo de recuperação judicial, meio jurídico que substituiu a concordata, foi contratado o escritório de advocacia Felsberg e Associados, o mesmo que cuidou da recuperação da Parmalat. No início de novembro, a BRA anunciou a suspensão de todas as suas operações, colocando seus 1,1 mil funcionários em aviso prévio e 70 mil pessoas, que já haviam comprado passagens para até março de 2008, em alerta. Mesmo com o aporte de 180 milhões de reais, a companhia não conseguiu quitar suas dívidas. No seu auge, chegou a transportar 180 mil passageiros por mês. (Informações da Agência Estado e do G1, disponíveis em: ae.com.br ; g1.globo.com ).
Vamos torcer para que a BRA retome as suas operações, porém, que seja uma nova empresa, bem administrada e moderna, com novos aviões, retornando a um nicho de mercado já percebido pela companhia, ou seja, vôos para importantes cidades do interior do país. Esperamos também que a empresa realmente confirme a encomenda dos jatos Embraer 195, conforme havia divulgado pouco antes de paralisar suas operações.
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