27 de novembro de 2007

BRA entra com pedido de recuperação judicial

A BRA entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O pedido de recuperação judicial, meio jurídico que substituiu a concordata, foi entregue na segunda-feira, 26. A empresa tem dívidas superiores a 100 milhões de dólares. Como numa recuperação judicial o destino de uma companhia fica nas mãos dos credores, a medida seria uma forma de tirar os irmãos Humberto e Walter Folegatti do controle da empresa. A idéia do fundo Brazil Air Partners (formado por Goldman Sachs, Darby, Gávea e outros) que comprou 20% da empresa através do aporte de 180 milhões de reais no fim do ano passado, é fazer a empresa voltar a voar com um novo modelo de negócios, baseado nos jatos Embraer 195, de 100 lugares. A BRA é a terceira empresa brasileira a entrar com pedido de recuperação judicial. A primeira foi a Varig e a segunda, a Vasp. Para comandar o processo de recuperação judicial, meio jurídico que substituiu a concordata, foi contratado o escritório de advocacia Felsberg e Associados, o mesmo que cuidou da recuperação da Parmalat. No início de novembro, a BRA anunciou a suspensão de todas as suas operações, colocando seus 1,1 mil funcionários em aviso prévio e 70 mil pessoas, que já haviam comprado passagens para até março de 2008, em alerta. Mesmo com o aporte de 180 milhões de reais, a companhia não conseguiu quitar suas dívidas. No seu auge, chegou a transportar 180 mil passageiros por mês. (Informações da Agência Estado e do G1, disponíveis em: ae.com.br ; g1.globo.com ).

Vamos torcer para que a BRA retome as suas operações, porém, que seja uma nova empresa, bem administrada e moderna, com novos aviões, retornando a um nicho de mercado já percebido pela companhia, ou seja, vôos para importantes cidades do interior do país. Esperamos também que a empresa realmente confirme a encomenda dos jatos Embraer 195, conforme havia divulgado pouco antes de paralisar suas operações.

A entrada em operação dos primeiros E-Jets numa empresa aérea brasileira representaria um novo padrão de qualidade para os passageiros, conforme já comprovado pelo editor do Jetsite, Gianfranco Beting, que assim descreveu as suas impressões após voar nos jatos da Embraer: "eles são as aeronaves mais confortáveis e espaçosas nos céus, pelo menos na classe econômica. Afinal, são apenas quatro assentos por fileira. Até o ministro Jobim ficaria satisfeito com o conforto e espaço pessoal. "










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