16 de novembro de 2007

Evolução do preço médio do QAV ao consumidor e da taxa cambial (R$/US$) nominal para o período 2000-2005

Conforme o último Anuário Estatístico da Agência Nacional do Petróleo, disponível em www.anp.gov.br (Tabela 3.26), pode-se concluir que a variação média acumulada do preço do querosene de aviação (QAV) ao consumidor, no período de 2000 a 2005, ficou em 129,30% . Os preços, levantados nas principais capitais brasileiras, estão em valores correntes e inclui CIDE e PIS/COFINS, não incluindo ICMS. O menor aumento acumulado foi em Belém, com 75,32%, o maior foi em Porto Alegre, com 186,23%, sendo que em Brasília e São Paulo a variação ficou em 85,21% e 128,91%, respectivamente.

O aumento médio geral de 129,30% ficou bem acima do IPCA, 59,61% e do IGP-DI, 87,27%, para o mesmo período analisado (2000-2005). Talvez a explicação para essa alta acima dos principais índices inflacionários esteja mesmo nos preços do petróleo, uma vez que os chamados “preços médios de referência do petróleo” (R$/barril) para o Brasil, ainda conforme o último Anuário da ANP (Tabela 2.17), apresentaram uma variação positiva de 155,58% no período 2000-2005. Outra coisa importante de saber é que do total de quatro distribuidoras, a que apresentou a maior participação nas vendas nacionais de QAV, em 2005, foi a BR, com 55,28% de participação, seguida da Shell com 33,12%, Esso, com 11,40% e Air BP, com 0,20%.

Pelos dados, percebe-se a complexidade para a gestão eficiente de uma empresa aérea, principalmente no Brasil. Como se sabe, estima-se que o QAV representa cerca de 20% a 40% dos custos diretos operacionais totais das companhias aéreas. Já o preço do dólar, outro importante componente dos custos das empresas aéreas, foi o que apresentou a menor alta para o período de 2000 a 2005, já que a variação acumulada da taxa de câmbio (R$/US$) nominal comercial (média mensal de venda) ficou em 24,02%, conforme o Ipeadata (disponível em: www.ipea.gov.br). Talvez o dólar seja o único componente do custo total das operadoras aéreas brasileiras que vem apresentando uma trajetória de queda nos últimos anos.

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