21 de janeiro de 2008

VarigLog tenta manter seus 757

A situação não anda bem na VarigLog. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou em 17 de janeiro, em segunda instância, o arresto de quatro aeronaves da VarigLog, modelo Boeing 757-200, a pedido da empresa de arrendamento (leasing) de aviões Wells Fargo, por causa da falta de pagamento das mensalidades.

O escritório de advocacia Felsberg & Associados, que cuida dos interesses da Wells Fargo no Brasil, estima que a dívida chega a US$ 3,5 milhões. A VarigLog pode recorrer.

A ex-subsidiária de logística e cargas da Varig já havia perdido outro 757-200 no dia 6 de dezembro do ano passado, em Miami, também a pedido da Wells Fargo e pelo mesmo motivo: atraso nos pagamentos do leasing. Joel Thomaz Bastos, advogado do Felsberg, diz que a intenção é fazer a reintegração de posse dos quatro 757-200 em, no máximo, 48 horas. "Se pudermos fazer em menos tempo, melhor", disse.

Apesar de caber recurso da VarigLog, Bastos acredita ser difícil essa hipótese porque a decisão do TJ confirma uma decisão da 10ª Vara Cível de São Paulo, que já havia determinado o arresto dos quatro 757-200 em 16 de dezembro. Naquela época, no entanto, a VarigLog obteve um agravo para suspender os efeitos da decisão. O escritório Felsberg, por sua vez, apresentou sua defesa.

A empresa tem dinheiro em caixa, porém, não pode mexer nele, também por decisão judicial. Há milhões de dólares bloqueados em contas, justamente em função da briga entre os sócios brasileiros e o fundo Mattlin Patterson, investidor internacional na companhia. No entanto, os sócios brasileiros estão otimistas: acreditam que conseguirão manter as aeronaves ou, na pior das hipóteses, substituí-las rapidamente. Mais: acham que, em breve, essas dificuldades serão ultrapassadas e a empresa voltará a crescer.

A companhia tem ainda outros dois aviões desse modelo, dois MD-11F, quatro DC-10-30F e cinco 727-200F, além de oito Caravan 208, operados com suas cores pela Vera Cruz Taxi Aéreo.

Fonte: Jetsite ; Agência Estado

Nenhum comentário: