10 de janeiro de 2008

IATA reclama da taxa de estacionamento em Guarulhos

Conforme publicado pelo Jetsite, o projeto de elevação da taxa horária de estacionamento no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, anunciado pelo Ministro da Defesa para descongestioná-lo, foi objeto de duras críticas da IATA ( Sigla em inglês de International Air Transport Association. Sediada em Genebra, é a organização que reúne todas as principais companhias aéreas do mundo) e de seu diretor geral e CEO, Giovanni Bisignani. A entidade afirmou que o aumento pode custar às companhias aéreas internacionais algo como US$ 90 milhões/ano, além de violar acordos aéreos bilaterais. A IATA considera normal aeronaves operadas por companhias aéreas internacionais pousarem de manhã cedo e permanecerem estacionadas até sua partida, à noite. Mas, o esforço para descongestionar o aeroporto, força as companhias a sairem de São Paulo ou pagarem altas taxas para deixarem as aeronaves estacionadas por períodos prolongados. Em uma carta endereçada ao presidente Lula, Giovanni Bisignani argumenta que o aumento das taxas irá violar "vários acordos aéreos bilaterais" e "provocará fortes protestos internacionais", que poderá levar outros países a "aplicar medidas similares contra as companhias aéreas brasileiras que operam no exterior".

Isso só demonstra a completa falta de preparo técnico da equipe do ministro Jobin no comando da aviação brasileira. Como colocam em prática um projeto que vai contra os acordos aéreos bilaterais? Somente pessoas neófitas em aviação como o ministro Jobin e diretores da ANAC para levar adiante um projeto que agora começa a gerar protestos internacionais. Um verdadeiro mico para a aviação brasileira. A aviação brasileira precisa, urgentemente, ser regulada por uma agência composta por um corpo diretivo altamente técnico, com vasta experiência em transporte aéreo, antenada com o que há de melhor em regulação aérea internacional, e não por pessoas escolhidas meramente por afinidades políticas.

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