14 de abril de 2008

Flex realiza primeiro vôo comercial fretado


A Flex linhas aéreas, empresa remanescente do grupo Varig, fez neste sábado seu primeiro vôo comercial de fretamento. A companhia aérea foi contratada pela empresa de turismo da Bahia (Bahiatursa) para levar agentes e operadores de turismo estrangeiros para um evento em Lençóis, na Chapada Diamantina.O Boeing 737-300 da companhia levou 132 passageiros de Salvador para Lençóis.

Fonte: O Estado de São Paulo.

12 de abril de 2008

Semana agitada para a aviação comercial


Essa semana foi bem agitada para a aviação comercial, tanto nos Estados Unidos e Europa, quanto no Brasil.

Começando pelo Brasil, a Varig anunciou mais uma reestruturação na sua malha de rotas internacionais. A primeira reestruturação havia sido anunciada em 29 de janeiro deste ano, com a empresa passando a concentrar o seu serviço de longo curso do Brasil para a Europa em apenas dois destinos: Paris e Madri, suspendendo assim os vôos para Londres, a partir de 01 de março; Frankfurt e Roma a partir de 29 de março. De acordo com a mais recente reestruturação, anunciada no dia 10, a Varig vai reduzir drasticamente sua operação internacional, com a empresa saindo das linhas intercontinentais. Conforme comunicado feito pela Gol Linha Aéreas Inteligentes, controladora da VRG, a partir do dia 11 de maio, estará suspensa a rota para Cidade do México, dia 12 de maio a de Madri e, em 9 de junho, serão encerradas as operações em Paris. Esta decisão estratégica foi tomada com base em uma análise cuidadosa de fatores externos e atributos competitivos do serviço oferecido pela Varig que estão afetando negativamente a consolidação da empresa nos mercados em questão. A companhia havia iniciado vôos para a Cidade do México e para Madri, respectivamente, em 11 de janeiro e 28 de janeiro deste ano.

A frota de jatos 767 recentemente incorporada será devolvida aos arrendadores. Os desapontadores resultados obtidos nessas linhas, bem como o elevado custo dos combustíveis, levaram a companhia a adotar essa dolorosa decisão. A Varig só conseguiria competir nestes mercados com um produto digno de sua longa tradição, e não com o uso dos antigos 767, competindo com aeronaves mais modernas e serviços superiores da concorrência. Adicionalmente, os vôos não eram suficientemente bem alimentados em Guarulhos.

A OceanAir também modificou drasticamente os seus planos. A companhia anunciou o cancelamento dos seus vôos para o México e Cancún. Seus três 767-300 ER e o seu único 757-200 serão devolvidos. Assim, as linhas para a África ficam suspensas por tempo indeterminado. A empresa vinha acumulando prejuízos nestes serviços, operando com índices baixíssimos de ocupação. Desse modo, a conclusão que se pode tirar destas últimas decisões da Varig e OceanAir é que a operação de rotas intercontinentais é para empresas bem administradas. Como exemplos ainda recentes, quando a Vasp e a Transbrasil tentaram se aventurar em mercados de longo curso, se deram muito mal.

Com a OceanAir também deixando de operar rotas internacionais de longo curso, a TAM passa a ser a única companhia aérea de longo curso do Brasil. Só para a Europa, a empresa concorre com a Lufthansa, British Airways, TAP, Ibéria, Air France, Alitália, KLM e Air Europa. Para os Estados Unidos, a empresa enfrenta a concorrência da American Airlines, Delta, United e Continental.

Para completar toda essa movimentação na aviação comercial brasileira durante a última semana, ainda temos o caso VarigLog.Tudo começou com a briga do fundo Matlin Patterson - por meio de sua subsidiária Volo Logistics, pertencente ao chinês Lap Wai Chan - com os sócios brasileiros Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Eduardo Gallo. É uma disputa que já se arrasta por meses, desde que a VarigLog vendeu a VRG para a Gol, em 29 de março de 2007.O Matlin, que por meio da VarigLog pagou US$ 20 milhões pela VRG no leilão judicial em 2006, entende que o dinheiro da venda (US$ 98 milhões, mais 6 milhões de ações da Gol) deve ser destinado ao próprio fundo, como parte do pagamento de uma série de empréstimos feitos pelo Matlin à VarigLog e a VRG. Os sócios brasileiros dizem, contudo, que o dinheiro deve ficar na VarigLog e que os empréstimos vencem apenas em 2011. Em meio à briga, o Matlin acusa os brasileiros de má gestão, desvio e mal uso dos recursos da VarigLog. E os brasileiros acusam o Matlin de tentar quebrar a empresa. Essa briga deixou a companhia, que já teve 50% do mercado brasileiro de cargas aéreas, praticamente parada, atualmente a empresa não faz mais suas rotas internacionais. A VarigLog já chegou a ter um faturamento mensal de R$ 80 milhões, no mês passado, porém, o faturamento despencou para menos de R$ 17 milhões. A situação chegou ao ponto de o juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível de São Paulo, emitir uma sentença, no dia 1° de abril, ordenando o afastamento, dos sócios brasileiros Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel, e concedendo plenos poderes a um estrangeiro, o chinês Lap Wai Chan, como acionista majoritário, contrariando absolutamente a legislação do setor aéreo brasileiro. O juiz afirma que os sócios brasileiros geriram a VarigLog de forma “temerária” e reconhece que o Matlin contratou Audi, Haftel e Gallo com o intuito claro de “burlar” o Código Brasileiro da Aeronáutica. Os três seriam, portanto, laranjas do Matlin. Com a sentença do juiz, Lap Chan entra para a história da aviação brasileira como o primeiro estrangeiro a gerir e a ter as ações majoritárias de uma companhia aérea. Pelo Código Brasileiro Aeronáutico, no artigo 181, determina que: "A concessão somente será dada à pessoa jurídica brasileira que tiver: I-sede no Brasil; II-pelo menos 4/5 (quatro quintos) do capital com direito a voto, pertencente a brasileiros, prevalecendo essa limitação nos eventuais aumentos do capital social; III - direção confiada exclusivamente a brasileiros". Assim, devido ao que estabelece o artigo 181, o juiz deu prazo de 60 dias para que ela encontre novos sócios e regularize sua situação junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).Nessa audiência, Lap Chan acordou que o dinheiro depositado em uma conta na Suíça proveniente da venda da VRG para a Gol, seria destinado exclusivamente para resolver os problemas de caixa da própria VarigLog, como pagamentos de dívidas, entre elas salários e fornecedores, estando vetado a transferência para a própria Volo LLC. Mas, o chinês, aproveitando-se da decisão do juiz Magano, que afastou os sócios brasileiros e concedeu a ele a condição de acionista majoritário, contrariou a decisão judicial e autorizou junto ao Lloyds TSB Bank, a transferência de US$ 17,1 milhões para o grupo aéreo chileno LAN, que havia emprestado esse valor para a VRG. O restante do dinheiro, cerca de US$ 71 milhões, foram transferidos para uma conta da Volo Logistics no JP Morgan. As ordens de transferência mostraram que a intenção inicial de Lap Chan era fazer a transferência integral dos US$ 88 milhões depositados na conta da VarigLog para a conta da Volo. Mas foi impedido, pois os recursos também estavam bloqueados por causa da ação judicial movida pelo grupo Lan, impossibilitando assim a primeira ordem de transferência. A Lan emprestou US$ 17,1 milhões para a VRG no início do ano passado, operação que lhe dava preferência para, eventualmente, adquirir uma participação acionária na VRG. No entanto, o Matlin optou por vender a empresa para a Gol. Com a concretização da venda, a Lan resolveu cobrar o empréstimo da própria Gol, mas conforme está no contrato de compra da VRG, essa dívida não poderia ser cobrada dos novos donos da companhia. A própria Gol também tem uma disputa judicial com o Matlin. A empresa cobra R$ 160 milhões por conta de dívidas herdadas da velha Varig.

Assim, após ter tomado conhecimento dessas ordens de transferência, o juiz José Paulo Magano determinou que a Polícia Federal impedisse a saída do Brasil do executivo Lap Wai Chan, e apreenda seu passaporte. O juiz aplicou ainda uma multa de US$ 1 milhão ao executivo e determinou que o empresário se apresentasse à Justiça nesta quinta-feira (10) até às 13 horas. Porém, o chinês foi mais rápido e deixou o país no dia 9, no final da tarde, ou seja, antes que a Polícia Federal tivesse sido informada da decisão da Justiça proibindo sua saída. Segundo o Jornal do Brasil, conforme uma fonte da própria VarigLog, o chinês teria ido para a Suíça, onde estaria tentando a liberação do dinheiro, em companhia de uma advogada brasileira, mas segundo outra versão, ele estaria em Nova York.

Em um comunicado divulgado à imprensa no início da noite do dia 11, o fundo Matlin defende-se afirmando que tudo não passou de um grande “mal-entendido”. “O pedido de transferência dos recursos que se encontram na Suíça estava associado à abertura de uma linha de crédito destinada a reestruturar a VarigLog, conforme obrigação assumida perante a Justiça”. O Matlin acusa os sócios brasileiros de “ilicitamente interceptar correspondências” e de induzir o juiz ao erro. Lap Chan tinha compromissos marcados para esta sexta em São Paulo. Segundo fontes do setor, uma das reuniões que Lap deixou de comparecer por deixar o país foi com o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior. A reunião havia sido marcada para tratar de uma dívida de R$ 160 milhões que a Gol cobra do Matlin relacionada a passivos da velha Varig no exterior. Conforme o jornal O Estado de São Paulo, ao ser procurada, a Gol não confirmou a informação sobre a reunião.

Já nos Estados Unidos, há uma grande preocupação de que a desaceleração da economia leve o setor aéreo americano a uma crise. Essa preocupação tem aumentado devido à paralisação das atividades de três companhias aéreas entre a última semana de março e a primeira de abril. No dia 4, a Skybus anunciou o fim de suas operações. Afetada pelos altos preços do petróleo e pela desaceleração da economia americana, a empresa encaminhou à Justiça seu pedido de falência. Antes da Skybus, a ATA Airlines e a Aloha Airlines interromperam seus serviços permanentemente. A ATA entrou com pedido de concordata e suspendeu todas as operações no dia 02. A empresa justificou suas dificuldades financeiras com o aumento de custos devido ao reajuste dos combustíveis e o cancelamento de um contrato militar.No dia 31 de março, a havaiana Aloha Airgroup também parou de voar devido a alta dos combustíveis. Na sexta, 11, foi a vez da Frontier Airlines, que opera vôos para 70 destinos nos Estados Unidos, Canadá, México e Costa Rica, a partir do Aeroporto Internacional de Denver, no Estado do Colorado. Os executivos da empresa tomaram a decisão de pedir concordata depois de a processadora de cartões que operava com a companhia, a First Data, passou a recusar operações ligadas à compra de passagens. Com a solicitação de concordata, a Frontier espera manter o funcionamento das linhas e o pagamento dos funcionários até encontrar alguma fonte de financiamento adicional às medidas que ela já vem tomando como forma de fazer caixa – em janeiro, por exemplo, a empresa já havia anunciado o interesse em vender quatro de seus aviões Airbus. A medida desta sexta-feira, no entanto, já provocou forte impacto sobre as ações da empresa, que abriram o dia com perda de 73% de seu valor na Nasdaq, a bolsa eletrônica de Nova York. As perdas financeiras conjuntas das empresas aéreas em dificuldade, nos Estados Unidos, chegarão a 1,2 bilhão de dólares no 1º trimestre de 2008, segundo relatório da consultoria Calyon Securities. Muitas empresas de pequeno e médio porte sentiram fortemente o aumento significativo no custo dos combustíveis e o recente desaquecimento econômico no país.

A situação da aviação comercial americana ainda ficou mais complicada pelo fato de a American Airlines já ter cancelado, no começo desta semana, mais de 3 mil vôos, com a finalidade de realizar inspeções e reparos em seus jatos MD-80. A medida foi resultado de um aperto na fiscalização das condições de segurança, por parte da agência governamental de regulação da aviação civil nos Estados Unidos, a FAA. A agência reprovou o estado de nove jatos MD-80 da American Airlines, o que agravou a série de cancelamentos que já vinham atingindo outras grandes companhias, como a Delta Airlines e a Southwest, e adiando a viagem de dezenas de milhares de passageiros.A rodada de inspeções rigorosas deve durar pelo menos mais dois meses, segundo o jornal New York Times, e não há previsão de quando a situação se normalizará nos aeroportos americanos.

Ainda na semana que passou, a Delta Air Lines e a Northwest Airlines retomaram as negociações em torno de uma fusão, de acordo com uma pessoa que acompanha o assunto, revelou o jornal "Financial Times". As duas companhias áreas americanas procuram alternativas para ganhar escala em face da brutal retração do setor.A Delta e a Northwest haviam chegado perto de um acordo em fevereiro, mas as negociações pararam depois que seus sindicatos de pilotos falharam em estabelecer uma estrutura comum de cargos e salários, entre outros itens.

Na Europa, o sistema de check-in de bagagens do novo terminal do aeroporto de Heathrow, em Londres, voltou a apresentar problemas neste sábado, levando a mais um dia de caos com o cancelamento de 24 vôos. O sistema informatizado de despacho das malas da BAA, operadora do Terminal 5 (T5), voltou a falhar e os funcionários tiveram de operá-lo manualmente, provocando atrasos.A companhia aérea britânica British Airways (BA), que tem uso exclusivo do novo terminal, teve de cancelar 24 vôos por causa dos novos problemas.Um porta-voz da companhia descreveu a situação no sábado como "extremamente decepcionante" e disse que estava trabalhando com a BAA para resolver o transtorno.A BAA disse que o problema é de "sua inteira responsabilidade"."Nós pedimos desculpas à BA e a todos os passageiros que foram afetados", disse um porta-voz da operadora."Nós garantimos que nossos funcionários especializados estão trabalhando duro para resolver os transtornos."A BA havia previsto que o terminal operaria normalmente neste sábado pela primeira vez desde que foi inaugurado, há nove dias.Quase 250 vôos foram cancelados nos primeiros quatro dias de funcionamento do T5 devido a problemas com o sistema de check-in das bagagens e com a ambientação dos funcionários ao novo local de trabalho.Há três dias, a British Airways enviou 19 mil malas que estavam encalhadas no T5 à cidade italiana de Milão, para que sejam triadas e entregues a seus proprietários.

As duas companhias aéreas de baixo custo, baixa tarifa da Espanha – Clickair e Vueling – estudam uma possível fusão. As duas empresas divulgaram declaração assinada pelos Conselhos de Administração de ambas segundo a qual começa um processo que estará orientado no estudo e validação detalhada da futura viabilidade industrial, comercial e competitiva da empresa resultante da fusão.A declaração apresenta quatro objetivos para o processo de negociação: Desenho de um plano de integração das empresas; a estrutura financeira; a avaliação dos ativos das duas aéreas; e a estrutura e gestão corporativa da nova companhia. As duas aéreas estão sediadas em Barcelona. A Vueling possui cerca de três anos e a Clickair tem pouco mais de um, tendo entre os principais acionistas a Iberia.

Fontes: Folha Online; Jetsite; Jornal do Brasil; O Estado de São Paulo;Portal Exame;Panrotas; Valor Econômico.

Aumento em movimentação de passageiros e aeronaves nos aeroportos da Infraero

O movimento de passageiros nos aeroportos da Infraero cresceu 3,67% nos dois primeiros meses de 2008, se comparado com o mesmo período de 2007. Foram 18,6 milhões de passageiros embarcados e desembarcados.

Somente no mês de fevereiro, foram registrados mais de um milhão de passageiros provenientes de vôos internacionais. O que representa um aumento de 6,07% em comparação o mesmo mês em 2007, na categoria de vôos internacionais.

O movimento de aeronaves também cresceu nos primeiros meses de 2008. Em janeiro e fevereiro foram 337.355 vôos no total. Um aumento de 6,23% em relação ao mesmo período de 2007.

A movimentação de aeronaves em vôos domésticos aumentou 6,33%, passando de aproximadamente 291 mil operações de pousos e decolagens em 2007, para mais de 309 mil em 2008.

Dos 67 aeroportos administrados pela Infraero, o Aeroporto de Marabá/PA foi o que registrou o maior crescimento, tanto em número de passageiros quanto no número de aeronaves nos dois primeiros meses de 2008, se comparado com o mesmo período de 2007. O número de passageiros subiu 160,21% e o número de pousos e decolagens, 54,56%. Os principais motivos para o crescimento no Aeroporto de Marabá foram o aumento do número de vôos, com a chegada da empresa aérea GOL, em abril de 2007, e o crescimento do PIB da cidade.

Fonte: Infraero

9 de abril de 2008

Mercado de trabalho em Cumbica cresce 11,57%



O atual estudo realizado pelo setor de credenciamento da Gerência de Segurança da Infraero, identificou o crescimento de 11,57% no mercado de trabalho da comunidade aeroportuária de Guarulhos-SP. Os dados apresentados neste ano mostram um total de 28.272 postos de trabalho. No passado, o registro ficou em 25.000. Os profissionais vão desde controladores de tráfego aéreo, meteorologistas, atendentes de vôo, comissários de bordo, pilotos e co-pilotos, mecânicos de aviação, fiscais de pátio, agentes de fiscalização, agentes de carga, motoristas, assistentes administrativos, office-boy, auxiliares de limpeza. Eles pertencem ao quadro de funcionários das cerca de 1,7 mil empresas que prestam serviços na comunidade aeroportuária, durante as 24 horas do dia, e se revezam para desenvolver as atividades. No ranking dos setores que mais empregam, as companhias aéreas lideram com 19,4% ; na vice-liderança está o setor de lojas e serviços com 16% ; transportadoras que atendem ao setor de logística de cargas representam 12,2% ; serviços auxiliares operacionais para o atendimento de empresas aéreas, 11,4% ; e despachantes aduaneiros, 9,54%. A Infraero, administradora do aeroporto, representa 5,8% desse total.

Fonte: Jetsite

Embraer: carteira de pedidos com novo recorde e contrato bilionário com Honeywell


A Embraer fechou o primeiro trimestre com excelentes resultados. Conforme divulgado em 7 de abril pela empresa, a sua carteira de pedidos para os segmentos de Aviação Comercial, Executiva e Defesa/Governo aumentou US$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2008, totalizando assim US$ 20,3 bilhões, sendo mais uma vez, o maior valor da história da companhia. Durante o primeiro trimestre, a Embraer entregou 45 aeronaves. Foram 38 jatos para o segmento de Aviação Comercial (3 ERJ 145,15 Embraer 175, 17 Embraer 190 - em regime de leasing operacional - e 3 Embraer 195), e 7 jatos para o segmento de Aviação Executiva (7 Legacy 600).

Ainda durante esta semana, a fabricante norte-americana Honeywell afirmou, na terça, que conseguiu fechar um contrato de 23 bilhões de dólares para fornecer turbinas aos jatos executivos da Embraer. O valor do contrato inclui manutenção, peças e turbinas extras, além das originais, ao longo da vida projetada para as aeronaves. É a primeira vez que a Honeywell, maior fabricante mundial de cockpits, vende turbinas à Embraer. Segundo Rob Wilson, presidente de negócios e de aviação geral da Honeywell, há uma estimativa de que a Embraer venderá cerca de 1200 jatos MSJ(midsize jet) e MLJ(midlight jet) durante o período de 20 a 25 anos de vida projetada para as aeronaves. Esses jatos terão capacidade para transportar entre seis e oito pessoas. O alcance do Embraer MSJ será de 3.000 milhas náuticas (5.560 quilômetros) e o alcance do Embraer MLJ será de 2.300 milhas náuticas (4.260 quilômetros). A Honeywell planejea começar a produção e embarcar as turbinas em 2011, pois os novos jatos executivos da Embraer comecarão a voar no segundo semestre de 2012 (MSJ) e 2013 (MLJ).

Abaixo, segue notícia publicada pela Agência Estado:


[ 09 de abril de 2008 - 09h54 ]

Contrato bilionário com Embraer é o maior da Honeywell

Chicago - A fabricante Honeywell Aerospace, divisão da Honeywell International, anunciou ontem que obteve um contrato de US$ 23 bilhões para o fornecimento e a manutenção de motores para os novos jatos executivos de tamanho médio da Embraer, das categorias "midsize" (médio) e "midlight" (médio leve). Trata-se do maior contrato de motores que a empresa já recebeu, segundo Rob Wilson, presidente da unidade de Aviação Geral e Comercial da Honeywell.

O executivo informou que a última geração do sistema de propulsão turbofan da Honeywell venceu a disputa contra a Pratt & Whitney, divisão da United Technologies, e contra a Rolls Royce, por oferecer maior economia de combustível e menor emissão de gás carbônico. Pratt & Whitney, Rolls Royce e General Electric (GE) são as três maiores fabricantes de motores para aviões.

Segundo as previsões da Honeywell para o mercado de jatos comerciais, a nova família de aviões MSJ/MLJ da Embraer está no "ponto certo" para o crescimento das vendas, disse Wilson. De acordo com a Embraer, o modelo MSJ, da categoria midsize, com alcance de 5.560 quilômetros (km) (3.000 milhas náuticas), e o Embraer MLJ, da categoria midlight, com alcance de 4.260 km (2.300 milhas náuticas), estarão posicionados entre o Legacy 600 e o Phenom 300 no portfólio de jatos executivos da empresa. Serão investidos aproximadamente US$ 750 milhões em pesquisa e desenvolvimento para os novos modelos, que entrarão em serviço no segundo semestre de 2012 e 2013, respectivamente.

Os fabricantes de jatos comerciais registraram recordes de encomendas e de entregas no ano passado, impulsionados por novos clientes globais, e precisam substituir modelos antigos. De acordo com Wilson, as encomendas continuam em um ritmo forte este ano, na medida em que a desaceleração econômica dos Estados Unidos é compensada pelo crescimento de outras regiões.

Clientes individuais e corporativos estão comprando seus próprios aviões para evitar os aborrecimentos dos vôos comerciais. A demanda pela propriedade compartilhada dos aviões e pelos vôos fretados também está crescendo. Entre 2007 e 2017, os fabricantes de aviões esperam vender 14 mil aparelhos, em um valor total de US$ 233 bilhões, segundo a mais recente pesquisa da Honeywell.

A Honeywell Aerospace tem faturamento anual de US$ 12 bilhões e fornece uma série de componentes para aviões comerciais e outros tipos de aeronaves. As informações são da Dow Jones. (Hélio Barboza)

Eike Batista investirá em centro para treinar pilotos

O empresário Eike Batista informou na terça que pretende investir na criação de um centro de treinamento para pilotos de avião. Esse centro será localizado em um terreno de 33 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O investimento previsto é de US$ 100 milhões.Um dos objetivos do novo centro será conquistar parte da base de clientes da Embraer, além de outras parcerias, entre as quais com a Boeing.

Realmente trata-se de uma iniciativa louvável, pois atualmente as companhias brasileiras precisam enviar seus pilotos, muitas vezes, para os Estados Unidos e Europa. Com esse centro no Brasil, haverá economia de tempo e dinheiro, além de ser também uma nova opção para os pilotos das demais companhias da América do Sul.

Fonte: Folha de São Paulo

Trip deseja compartilhar vôos com a Pantanal


A Trip protocolou na terça-feira, junto a Anac, um pedido para iniciar um acordo de compartilhamento de vôo (code-share) com a Pantanal.O principal interesse da Trip são os slots da Pantanal em Congonhas. A Trip avalia que ambas as empresas se beneficiam da situação por possuírem um padrão de operações semelhantes, inclusive o mesmo modelo de aviões utilizados. Desse modo, a Trip está correndo para garantir logo sua operação a partir de Congonhas, aeroporto considerado estratégico pelas companhias aéreas, uma vez que vem aí a companhia de David Neeleman, a qual baseará suas operações a partir de Congonhas. Com 18 aviões, a Trip transporta, de acordo com José Mário Caprioli, presidente da companhia, um milhão de passageiros para 64 municípios do país.

Fonte: Folha de São Paulo

7 de abril de 2008

Gol cobra R$ 160 milhões por problemas na Varig


A situação está cada vez pior na VarigLog. Não chegasse a briga entre os sócios brasileiros e o fundo americano Matlin Patterson, agora a Gol e a chilena Lan cobram devolução de dinheiro da VarigLog.

A seguir, matéria do jornal O Estado de São Paulo sobre o assunto.


Gol cobra R$ 160 milhões de indenização por problemas na Varig

Empresa recorre a corte internacional para cobrar do fundo Matlin Patterson compensação por passivos da velha Varig

Mariana Barbosa (O ESTADO DE SÃO PAULO)


A Gol entrou com uma arbitragem internacional contra o fundo americano Matlin Patterson para cobrar uma conta de R$ 160 milhões (US$ 92 milhões). O fundo Matlin, por meio de sua subsidiária Volo Logistics LLC, é sócio da VarigLog, empresa cargueira que vendeu a nova Varig, rebatizada de VRG Linhas Aéreas, para a Gol, em 29 de março do ano passado.

A conta é referente, principalmente, a cobranças que foram feitas à VRG no exterior. São acertos de contas com aeroportos, fornecedores e prestadores de serviço e trabalhadores no exterior, sobretudo na Europa e na Argentina. Quando a Gol assumiu a empresa, precisou liquidar essas dívidas para conseguir operar no exterior.

Segundo fontes próximas ao negócio, o contrato de compra e venda da VRG teria uma cláusula estabelecendo que eventuais ativos e passivos que viessem a ser descobertos após a venda, até um determinado valor, deveriam ser acertados entre as partes. Se fossem descobertos ativos, a Gol deveria pagar para a VarigLog. Se houvesse passivos, a Gol cobraria do vendedor.

O fundo Matlin detém apenas 20% do capital votante da VarigLog - limite máximo estabelecido pela legislação brasileira para participação estrangeira em uma companhia aérea -, mas 100% do capital preferencial da companhia. Como, na prática, o fundo é que é o dono do dinheiro, e a VarigLog está à beira da falência em meio a uma briga entre o fundo e seus sócios brasileiros, a Gol entrou com uma arbitragem diretamente contra o Matlin.

O valor cobrado pela Gol é quase o mesmo que foi desembolsado em dinheiro para comprar a VRG. A Gol pagou US$ 98 milhões à vista e transferiu para a VarigLog 6 milhões de ações da própria Gol. As ações, que representavam à época 3% do capital, valiam US$ 170 milhões. Hoje, com a desvalorização das ações da Gol, elas perderam 53% do valor.

A arbitragem é um instrumento de solução de conflitos previsto em lei e que pode ser usado quando há impasses em contratos empresariais. Procurados, tanto o fundo Matlin Patterson quanto a Gol não quiseram comentar.


LAN

A Gol não é a única que cobra do Matlin. A chilena Lan, que emprestou US$ 17,1 milhões para a VRG em 31 de janeiro do ano passado, e que tinha a expectativa de converter a dívida em participação acionária, também está cobrando o empréstimo do fundo, revelam fontes próximas à Lan no Brasil.


À época da compra da VRG, a Lan chegou a cobrar da Gol e a exigir a manutenção do direito de conversão acionária, mas a Gol declarou que não havia vínculo entre as duas empresas e que, no contrato de aquisição, havia “uma declaração e a garantia da VarigLog de que as ações da VRG estavam, no momento da venda, inteiramente livres de qualquer opção ou direito de terceiros”.


Os credores da VarigLog tiveram a esperança renovada na última terça-feira, quando um juiz de primeira instância de São Paulo decidiu afastar os sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Eduardo Gallo) e entregar a gestão da VarigLog para o fundo Matlin durante um período de 60 dias, até que este encontre outros sócios brasileiros. Com o sócio capitalizado no comando da companhia cargueira, até mesmo a velha Varig, agora chamada de Flex, espera acertar uma conta de R$ 37 milhões.


Sucessão de dívidas não estava clara

Mariana Barbosa


O fundo Matlin Patterson entrou no Brasil em dezembro de 2005, com a compra da VarigLog, por US$ 48 milhões. Na época, a Varig estava em recuperação judicial e vendeu suas subsidiárias de cargas (VarigLog) e manutenção (VEM) para fazer caixa e conseguir sobreviver até o leilão. Por ser um fundo estrangeiro - e a lei brasileira limita em 20% do capital votante a participação de estrangeiros no setor aéreo -, o Matlin fundou a Volo Logistics LLC e se associou aos brasileiros Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel para poder comprar a VarigLog. A intenção inicial era ficar apenas com a empresa de cargas. Mas, em julho de 2006, um mês depois do fracasso do primeiro leilão, o fundo arrematou a própria Varig, que passou a ser chamada de VRG Linhas Aéreas.

Por se tratar da primeira experiência notável com a lei de recuperação judicial, era grande a dúvida em relação à sucessão de dívidas da velha Varig. Muitos investidores se interessaram pela Varig, mas ninguém, com exceção do fundo, se habilitou a dar um lance pela empresa. A VarigLog pagou US$ 20 milhões pela VRG e se comprometeu a realizar uma série de investimentos. Uma vez obtida a documentação para operar como transportadora aérea (o chamado Cheta), o fundo foi atrás de um comprador para a VRG. TAM, Lan e Gol fizeram propostas. E assim, em 29 de março, a VRG foi revendida para a Gol por US$ 270 milhões, considerando o valor das ações da Gol na época.

1 de abril de 2008

Trip compra jatos Embraer 175


Nenhuma das duas partes confirma, mas já é dado como fato confirmado que a Trip Linhas Aéreas acaba de comprar 10 jatos Embraer 175, sendo 5 pedidos firmes e mais 5 opções. Os aviões devem começar a ser entregues no segundo semestre e estarão configurados para 88 passageiros. As novas aeronaves fazem parte da estratégia de expansão da empresa de José Mário Caprioli, que no ano passado adquiriu a operação de transporte de passageiros da Total Linhas Aéreas, sua principal concorrente. Caprioli, agora, estaria interessado em outra regional, a Pantanal Linhas Aéreas, que possui preciosos 34 slots em Congonhas, mas está afundada em dívidas de mais de US$ 50 milhões.
Fonte:
Aeromagazine

Realmente, a Trip é a única companhia aérea regional preparada financeiramente para adquirir aviões melhores, no caso, jatos regionais Embraer 175. Analisando os demonstrativos contábeis das companhias regionais, publicados todo ano pela Anac, observa-se que em 2006 (os dados de 2007 ainda não foram divulgados pela Anac) a Trip era a regional com a melhor situação financeira. A companhia fechou 2006 com um capital de giro próprio de R$ 19 milhões, ou seja, dos R$ 44,7 milhões de fundos que a empresa levantou a longo prazo (por meio de recursos monetários dos sócios e empréstimos a longo prazo), R$ 25,7 milhões foram aplicados em ativos também de longo prazo (realizável a longo prazo e ativo permanente), sobrando assim, R$ 19 milhões excedentes (44,7-25,7) os quais foram destinados a financiar o ativo circulante da empresa, também denominado de capital de giro. Essa posição significa uma folga na liquidez da empresa. Em se tratando de companhias aéreas, o nível de capital de giro assume uma importância relevante.

Como exemplo dessa importância, vejamos o caso da Pantanal, cuja situação financeira não é nada boa: a companhia fechou 2006 com um situação financeira muito delicada, pois apresentava um capital circulante líquido negativo de R$ 15,9 milhões, ou seja, os recursos levantados a longo prazo (Capital dos sócios e empréstimos) não são suficientes para cobrir todas as necessidades de investimentos de longo prazo, devendo, nessa situação, ser utilizados fundos provenientes do passivo circulante (empréstimos de curto prazo), assim, há um aperto na liquidez da empresa, pois parte de suas dívidas vencerá em prazos inferiores aos prazos dos retornos das aplicações desses recursos,o que acaba por levar a empresa a uma deterioração da sua situação financeira.