1 de abril de 2008

Trip compra jatos Embraer 175


Nenhuma das duas partes confirma, mas já é dado como fato confirmado que a Trip Linhas Aéreas acaba de comprar 10 jatos Embraer 175, sendo 5 pedidos firmes e mais 5 opções. Os aviões devem começar a ser entregues no segundo semestre e estarão configurados para 88 passageiros. As novas aeronaves fazem parte da estratégia de expansão da empresa de José Mário Caprioli, que no ano passado adquiriu a operação de transporte de passageiros da Total Linhas Aéreas, sua principal concorrente. Caprioli, agora, estaria interessado em outra regional, a Pantanal Linhas Aéreas, que possui preciosos 34 slots em Congonhas, mas está afundada em dívidas de mais de US$ 50 milhões.
Fonte:
Aeromagazine

Realmente, a Trip é a única companhia aérea regional preparada financeiramente para adquirir aviões melhores, no caso, jatos regionais Embraer 175. Analisando os demonstrativos contábeis das companhias regionais, publicados todo ano pela Anac, observa-se que em 2006 (os dados de 2007 ainda não foram divulgados pela Anac) a Trip era a regional com a melhor situação financeira. A companhia fechou 2006 com um capital de giro próprio de R$ 19 milhões, ou seja, dos R$ 44,7 milhões de fundos que a empresa levantou a longo prazo (por meio de recursos monetários dos sócios e empréstimos a longo prazo), R$ 25,7 milhões foram aplicados em ativos também de longo prazo (realizável a longo prazo e ativo permanente), sobrando assim, R$ 19 milhões excedentes (44,7-25,7) os quais foram destinados a financiar o ativo circulante da empresa, também denominado de capital de giro. Essa posição significa uma folga na liquidez da empresa. Em se tratando de companhias aéreas, o nível de capital de giro assume uma importância relevante.

Como exemplo dessa importância, vejamos o caso da Pantanal, cuja situação financeira não é nada boa: a companhia fechou 2006 com um situação financeira muito delicada, pois apresentava um capital circulante líquido negativo de R$ 15,9 milhões, ou seja, os recursos levantados a longo prazo (Capital dos sócios e empréstimos) não são suficientes para cobrir todas as necessidades de investimentos de longo prazo, devendo, nessa situação, ser utilizados fundos provenientes do passivo circulante (empréstimos de curto prazo), assim, há um aperto na liquidez da empresa, pois parte de suas dívidas vencerá em prazos inferiores aos prazos dos retornos das aplicações desses recursos,o que acaba por levar a empresa a uma deterioração da sua situação financeira.

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