
Fonte: O Estado de São Paulo.
Este Blog tem por objetivo analisar e discutir a conjuntura do transporte aéreo brasileiro. Também serão postadas conclusões de estudos e notícias relevantes sobre o setor.
Assim, após ter tomado conhecimento dessas ordens de transferência, o juiz José Paulo Magano determinou que a Polícia Federal impedisse a saída do Brasil do executivo Lap Wai Chan, e apreenda seu passaporte. O juiz aplicou ainda uma multa de US$ 1 milhão ao executivo e determinou que o empresário se apresentasse à Justiça nesta quinta-feira (10) até às 13 horas. Porém, o chinês foi mais rápido e deixou o país no dia 9, no final da tarde, ou seja, antes que a Polícia Federal tivesse sido informada da decisão da Justiça proibindo sua saída. Segundo o Jornal do Brasil, conforme uma fonte da própria VarigLog, o chinês teria ido para a Suíça, onde estaria tentando a liberação do dinheiro, em companhia de uma advogada brasileira, mas segundo outra versão, ele estaria em Nova York.
Em um comunicado divulgado à imprensa no início da noite do dia 11, o fundo Matlin defende-se afirmando que tudo não passou de um grande “mal-entendido”. “O pedido de transferência dos recursos que se encontram na Suíça estava associado à abertura de uma linha de crédito destinada a reestruturar a VarigLog, conforme obrigação assumida perante a Justiça”. O Matlin acusa os sócios brasileiros de “ilicitamente interceptar correspondências” e de induzir o juiz ao erro. Lap Chan tinha compromissos marcados para esta sexta em São Paulo. Segundo fontes do setor, uma das reuniões que Lap deixou de comparecer por deixar o país foi com o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior. A reunião havia sido marcada para tratar de uma dívida de R$ 160 milhões que a Gol cobra do Matlin relacionada a passivos da velha Varig no exterior. Conforme o jornal O Estado de São Paulo, ao ser procurada, a Gol não confirmou a informação sobre a reunião.
A situação da aviação comercial americana ainda ficou mais complicada pelo fato de a American Airlines já ter cancelado, no começo desta semana, mais de 3 mil vôos, com a finalidade de realizar inspeções e reparos em seus jatos MD-
Ainda na semana que passou, a Delta Air Lines e a Northwest Airlines retomaram as negociações em torno de uma fusão, de acordo com uma pessoa que acompanha o assunto, revelou o jornal "Financial Times". As duas companhias áreas americanas procuram alternativas para ganhar escala em face da brutal retração do setor.A Delta e a Northwest haviam chegado perto de um acordo em fevereiro, mas as negociações pararam depois que seus sindicatos de pilotos falharam em estabelecer uma estrutura comum de cargos e salários, entre outros itens.
| |
O atual estudo realizado pelo setor de credenciamento da Gerência de Segurança da Infraero, identificou o crescimento de 11,57% no mercado de trabalho da comunidade aeroportuária de Guarulhos-SP. Os dados apresentados neste ano mostram um total de 28.272 postos de trabalho. No passado, o registro ficou em 25.000. Os profissionais vão desde controladores de tráfego aéreo, meteorologistas, atendentes de vôo, comissários de bordo, pilotos e co-pilotos, mecânicos de aviação, fiscais de pátio, agentes de fiscalização, agentes de carga, motoristas, assistentes administrativos, office-boy, auxiliares de limpeza. Eles pertencem ao quadro de funcionários das cerca de 1,7 mil empresas que prestam serviços na comunidade aeroportuária, durante as 24 horas do dia, e se revezam para desenvolver as atividades. No ranking dos setores que mais empregam, as companhias aéreas lideram com 19,4% ; na vice-liderança está o setor de lojas e serviços com 16% ; transportadoras que atendem ao setor de logística de cargas representam 12,2% ; serviços auxiliares operacionais para o atendimento de empresas aéreas, 11,4% ; e despachantes aduaneiros, 9,54%. A Infraero, administradora do aeroporto, representa 5,8% desse total. Fonte: Jetsite |
A Embraer fechou o primeiro trimestre com excelentes resultados. Conforme divulgado em 7 de abril pela empresa, a sua carteira de pedidos para os segmentos de Aviação Comercial, Executiva e Defesa/Governo aumentou US$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2008, totalizando assim US$ 20,3 bilhões, sendo mais uma vez, o maior valor da história da companhia. Durante o primeiro trimestre, a Embraer entregou 45 aeronaves. Foram 38 jatos para o segmento de Aviação Comercial (3 ERJ 145,15 Embraer 175, 17 Embraer 190 - em regime de leasing operacional - e 3 Embraer 195), e 7 jatos para o segmento de Aviação Executiva (7 Legacy 600).
Ainda durante esta semana, a fabricante norte-americana Honeywell afirmou, na terça, que conseguiu fechar um contrato de 23 bilhões de dólares para fornecer turbinas aos jatos executivos da Embraer. O valor do contrato inclui manutenção, peças e turbinas extras, além das originais, ao longo da vida projetada para as aeronaves. É a primeira vez que a Honeywell, maior fabricante mundial de cockpits, vende turbinas à Embraer. Segundo Rob Wilson, presidente de negócios e de aviação geral da Honeywell, há uma estimativa de que a Embraer venderá cerca de 1200 jatos MSJ(midsize jet) e MLJ(midlight jet) durante o período de
[ 09 de abril de 2008 - 09h54 ]
Contrato bilionário com Embraer é o maior da Honeywell
O executivo informou que a última geração do sistema de propulsão turbofan da Honeywell venceu a disputa contra a Pratt & Whitney, divisão da United Technologies, e contra a Rolls Royce, por oferecer maior economia de combustível e menor emissão de gás carbônico. Pratt & Whitney, Rolls Royce e General Electric (GE) são as três maiores fabricantes de motores para aviões.
Segundo as previsões da Honeywell para o mercado de jatos comerciais, a nova família de aviões MSJ/MLJ da Embraer está no "ponto certo" para o crescimento das vendas, disse Wilson. De acordo com a Embraer, o modelo MSJ, da categoria midsize, com alcance de 5.560 quilômetros (km) (3.000 milhas náuticas), e o Embraer MLJ, da categoria midlight, com alcance de 4.260 km (2.300 milhas náuticas), estarão posicionados entre o Legacy 600 e o Phenom 300 no portfólio de jatos executivos da empresa. Serão investidos aproximadamente US$ 750 milhões em pesquisa e desenvolvimento para os novos modelos, que entrarão em serviço no segundo semestre de 2012 e 2013, respectivamente.
Os fabricantes de jatos comerciais registraram recordes de encomendas e de entregas no ano passado, impulsionados por novos clientes globais, e precisam substituir modelos antigos. De acordo com Wilson, as encomendas continuam em um ritmo forte este ano, na medida em que a desaceleração econômica dos Estados Unidos é compensada pelo crescimento de outras regiões.
Clientes individuais e corporativos estão comprando seus próprios aviões para evitar os aborrecimentos dos vôos comerciais. A demanda pela propriedade compartilhada dos aviões e pelos vôos fretados também está crescendo. Entre 2007 e 2017, os fabricantes de aviões esperam vender 14 mil aparelhos, em um valor total de US$ 233 bilhões, segundo a mais recente pesquisa da Honeywell.
A Honeywell Aerospace tem faturamento anual de US$ 12 bilhões e fornece uma série de componentes para aviões comerciais e outros tipos de aeronaves. As informações são da Dow Jones. (Hélio Barboza)
A Trip protocolou na terça-feira, junto a Anac, um pedido para iniciar um acordo de compartilhamento de vôo (code-share) com a Pantanal.O principal interesse da Trip são os slots da Pantanal
Fonte: Folha de São Paulo
Gol cobra R$ 160 milhões de indenização por problemas na Varig
Empresa recorre a corte internacional para cobrar do fundo Matlin Patterson compensação por passivos da velha Varig
Mariana Barbosa (O ESTADO DE SÃO PAULO)
A conta é referente, principalmente, a cobranças que foram feitas à VRG no exterior. São acertos de contas com aeroportos, fornecedores e prestadores de serviço e trabalhadores no exterior, sobretudo na Europa e na Argentina. Quando a Gol assumiu a empresa, precisou liquidar essas dívidas para conseguir operar no exterior.
Segundo fontes próximas ao negócio, o contrato de compra e venda da VRG teria uma cláusula estabelecendo que eventuais ativos e passivos que viessem a ser descobertos após a venda, até um determinado valor, deveriam ser acertados entre as partes. Se fossem descobertos ativos, a Gol deveria pagar para a VarigLog. Se houvesse passivos, a Gol cobraria do vendedor.
O fundo Matlin detém apenas 20% do capital votante da VarigLog - limite máximo estabelecido pela legislação brasileira para participação estrangeira em uma companhia aérea -, mas 100% do capital preferencial da companhia. Como, na prática, o fundo é que é o dono do dinheiro, e a VarigLog está à beira da falência em meio a uma briga entre o fundo e seus sócios brasileiros, a Gol entrou com uma arbitragem diretamente contra o Matlin.
O valor cobrado pela Gol é quase o mesmo que foi desembolsado em dinheiro para comprar a VRG. A Gol pagou US$ 98 milhões à vista e transferiu para a VarigLog 6 milhões de ações da própria Gol. As ações, que representavam à época 3% do capital, valiam US$ 170 milhões. Hoje, com a desvalorização das ações da Gol, elas perderam 53% do valor.
A arbitragem é um instrumento de solução de conflitos previsto em lei e que pode ser usado quando há impasses em contratos empresariais. Procurados, tanto o fundo Matlin Patterson quanto a Gol não quiseram comentar.
LAN
À época da compra da VRG, a Lan chegou a cobrar da Gol e a exigir a manutenção do direito de conversão acionária, mas a Gol declarou que não havia vínculo entre as duas empresas e que, no contrato de aquisição, havia “uma declaração e a garantia da VarigLog de que as ações da VRG estavam, no momento da venda, inteiramente livres de qualquer opção ou direito de terceiros”.
Os credores da VarigLog tiveram a esperança renovada na última terça-feira, quando um juiz de primeira instância de São Paulo decidiu afastar os sócios brasileiros (Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Eduardo Gallo) e entregar a gestão da VarigLog para o fundo Matlin durante um período de 60 dias, até que este encontre outros sócios brasileiros. Com o sócio capitalizado no comando da companhia cargueira, até mesmo a velha Varig, agora chamada de Flex, espera acertar uma conta de R$ 37 milhões.
Sucessão de dívidas não estava clara
Mariana Barbosa
Por se tratar da primeira experiência notável com a lei de recuperação judicial, era grande a dúvida em relação à sucessão de dívidas da velha Varig. Muitos investidores se interessaram pela Varig, mas ninguém, com exceção do fundo, se habilitou a dar um lance pela empresa. A VarigLog pagou US$ 20 milhões pela VRG e se comprometeu a realizar uma série de investimentos. Uma vez obtida a documentação para operar como transportadora aérea (o chamado Cheta), o fundo foi atrás de um comprador para a VRG. TAM, Lan e Gol fizeram propostas. E assim, em 29 de março, a VRG foi revendida para a Gol por US$ 270 milhões, considerando o valor das ações da Gol na época.