Redução significativa na cobertura aérea do país na última década
Conforme estudo realizado por especialistas do NECTAR (Núcleo de Economia dos Transportes, Antitruste e Regulação), centro de pesquisas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Brasil apresentou significativa queda na cobertura aérea durante o período de 1998 a 2008. Ao longo da última década, houve encerramento de operações em aeroportos de todas as regiões do país e em número superior ao número de operações iniciadas no mesmo período. No período, o número de aeroportos atendidos pela aviação regular caiu de 199 para 155, ou seja, redução de 44 aeroportos operados em todo o Brasil (queda de 22%). O número de microgrregiões cobertas caiu de 166 para 131, queda de 21%.O número de municípios cobertos caiu de 1821 para 1437, ou seja, 384 municípios deixaram de ser cobertos por linhas aéreas regulares, representando redução de 21%. É importante destacar também que, conforme o estudo, dos 44 aeroportos com operações de vôos regulares encerradas, 72% é constituída de "aeroportos locais", também denominados de " aeroportos regionais" pelo estudo.
É importante explicar que o estudo, denominado Constituição do Marco Regulatório para o Mercado Brasileiro de Aviação Regional, considerou como aeroportos operados pela aviação regular aqueles constantes do sistema HOTRAN do antigo Departamento de Aviação Civil, DAC, e do atual regulador, a Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, assim, esses aeroportos são identificados a partir de extrações mensais de HOTRAN desde 1998. Desse modo, para cada aeroporto constante no HOTRAN é atribuída uma microrregião do IBGE a que pertence, de acordo com sua localização territorial. O número de microrregiões cobertas pelo transporte aéreo regular é igual ao número de microrregiões em que foram observados aeroportos com operação regular e, do mesmo modo, o número de municípios cobertos pelo transporte aéreo regular é igual ao número de municípios pertencentes à microrregião na qual foram observados aeroportos com operação regular.
Houve queda no número de aeroportos operados em todas as regiões do país, sendo que a região Norte foi a que perdeu mais cobertura, em termos absolutos, 13 aeroportos deixaram de ser operados por vôos regulares (no início do período, eram 59 aeroportos), uma variação percentual de menos 22%. O Sudeste foi a região com a segunda mair queda na cobertura, passando de 42 para 32 aeroportos atendidos por vôos regulares, uma redução de 23,8%. O Centro-Oeste vem em seguida, com uma redução de 31 para 22 aeroportos operados por empreas regulares, ou seja, uma queda de 29%. As regiões Nordeste e Sul apresentaram a mesma redução em termos absolutous, ou seja, 6 aeroportos deixaram de contar com vôos regulares, sendo que a primeira região passou de 35 para 29 aeroportos com serviços aéreos regulares e a segunda, saiu de 32 para 26 aeroportos com movimentação da aviação regular.
Segundo o estudo, a justificativa para essa redução de cobertura foi a liberalização do setor, a qual fez com que as empresas passassem a competir de forma mais intensa, e também passassem a explorar de forma mais eficiente as operações ao longo de suas malhas aéreas, em detrimento da cobertura ao longo do território nacional.
O trabalho apontou também um aumento da concentração das operações aéreas nos aeroportos grandes e médios, em detrimento dos aeroportos locais. Com a liberalização do setor aéreo, a participação dos aeroportos grandes aumentou de 83,3% para 84% e a dos aeroportos médios subiu de 10,9% para 11,8%.Já a participação dos aeroportos pequenos e locais caiu expressivamente, com os pequenos saindo de uma participação de 4,2% para 3,2% (queda de 23,8%) e os locais, caindo de 1,6% para 1,0%,ou seja, uma redução de 37,5% na participação dos movimentos de passageiros no sistema aéreo doméstico brasileiro.
O estudo também constatou que a queda na cobertura é um indicador de que o transporte aéreo teve seu potencial de alavancagem do desenvolvimento social, econômico e turístico comprometido. Do ponto de vista das políticas públicas, essa queda na cobertura aérea foi considerada preocupante, sendo que, uma vez diagnosticada, deve ser tratada com mecanismos de incentivo à operação regional, conclui o estudo.
É importante explicar que o estudo, denominado Constituição do Marco Regulatório para o Mercado Brasileiro de Aviação Regional, considerou como aeroportos operados pela aviação regular aqueles constantes do sistema HOTRAN do antigo Departamento de Aviação Civil, DAC, e do atual regulador, a Agência Nacional de Aviação Civil, ANAC, assim, esses aeroportos são identificados a partir de extrações mensais de HOTRAN desde 1998. Desse modo, para cada aeroporto constante no HOTRAN é atribuída uma microrregião do IBGE a que pertence, de acordo com sua localização territorial. O número de microrregiões cobertas pelo transporte aéreo regular é igual ao número de microrregiões em que foram observados aeroportos com operação regular e, do mesmo modo, o número de municípios cobertos pelo transporte aéreo regular é igual ao número de municípios pertencentes à microrregião na qual foram observados aeroportos com operação regular.
Houve queda no número de aeroportos operados em todas as regiões do país, sendo que a região Norte foi a que perdeu mais cobertura, em termos absolutos, 13 aeroportos deixaram de ser operados por vôos regulares (no início do período, eram 59 aeroportos), uma variação percentual de menos 22%. O Sudeste foi a região com a segunda mair queda na cobertura, passando de 42 para 32 aeroportos atendidos por vôos regulares, uma redução de 23,8%. O Centro-Oeste vem em seguida, com uma redução de 31 para 22 aeroportos operados por empreas regulares, ou seja, uma queda de 29%. As regiões Nordeste e Sul apresentaram a mesma redução em termos absolutous, ou seja, 6 aeroportos deixaram de contar com vôos regulares, sendo que a primeira região passou de 35 para 29 aeroportos com serviços aéreos regulares e a segunda, saiu de 32 para 26 aeroportos com movimentação da aviação regular.
Segundo o estudo, a justificativa para essa redução de cobertura foi a liberalização do setor, a qual fez com que as empresas passassem a competir de forma mais intensa, e também passassem a explorar de forma mais eficiente as operações ao longo de suas malhas aéreas, em detrimento da cobertura ao longo do território nacional.
O trabalho apontou também um aumento da concentração das operações aéreas nos aeroportos grandes e médios, em detrimento dos aeroportos locais. Com a liberalização do setor aéreo, a participação dos aeroportos grandes aumentou de 83,3% para 84% e a dos aeroportos médios subiu de 10,9% para 11,8%.Já a participação dos aeroportos pequenos e locais caiu expressivamente, com os pequenos saindo de uma participação de 4,2% para 3,2% (queda de 23,8%) e os locais, caindo de 1,6% para 1,0%,ou seja, uma redução de 37,5% na participação dos movimentos de passageiros no sistema aéreo doméstico brasileiro.
O estudo também constatou que a queda na cobertura é um indicador de que o transporte aéreo teve seu potencial de alavancagem do desenvolvimento social, econômico e turístico comprometido. Do ponto de vista das políticas públicas, essa queda na cobertura aérea foi considerada preocupante, sendo que, uma vez diagnosticada, deve ser tratada com mecanismos de incentivo à operação regional, conclui o estudo.
Competitividade do setor
Com o intuito de discutir os problemas e necessidades específicas do transporte aéreo regional brasileiro, foram identificados alguns fatores restritivos da competitividade das aéreas regionais: ausência de regras claras e estáveis para conferir horizonte a decisões de investimento de longo prazo no setor,baixo poder de barganha por parte das companhias aéreas regionais em contratações, compras e encomendas, alto custo e dificuldades logísticas associadas ao querosene de aviação (QAV), existência de condutas anticompetitivas do tipo predatórias por parte das grandes companhias aéreas e dificuldades de acesso a crédito e ao mercado de capitais.
Foram identificados fatores que se constituem em vantagens competitivas para as empresas pertencentes ao Mercado de Linhas Regionais (MLR), como por exemplo, a capacidade que essas empresas têm em oferecer serviços a localidades para as quais as empresas integrantes do Mercado de Linhas Tronco (MLT) encontram dificuldades em fazer.O estudo apontou, assim, os fatores de demanda, os quais privilegiam a integração de vôos; e os fatores de oferta,como compras conjuntas e facilitação de acesso a financiamentos, constituindo-se, portanto, em elementos que indicam a existência de complementaridades a serem aproveitadas em parcerias ou outras formas de associação.
Foram identificados fatores que se constituem em vantagens competitivas para as empresas pertencentes ao Mercado de Linhas Regionais (MLR), como por exemplo, a capacidade que essas empresas têm em oferecer serviços a localidades para as quais as empresas integrantes do Mercado de Linhas Tronco (MLT) encontram dificuldades em fazer.O estudo apontou, assim, os fatores de demanda, os quais privilegiam a integração de vôos; e os fatores de oferta,como compras conjuntas e facilitação de acesso a financiamentos, constituindo-se, portanto, em elementos que indicam a existência de complementaridades a serem aproveitadas em parcerias ou outras formas de associação.
Referência:
Oliveira, A. V. M. e Salgado, L. H. (2008) Constituição do Marco Regulatório para o Mercado Brasileiro de Aviação Regional. Disponível em: http://www.nectar.ita.br/index.htm
2 comentários:
Cara,
Adorei seu blog, achei interessante as informações de mercado e companhias.
Poderia te linkar do meu blog? ele é mais voltado para história de empresas e aeronaves e curiosidades da Aviação.
Abraço,
Andreas
Olá, packo, obrigado por visitar o blog aero análises. Sim, pode linkar sim. Desculpa por eu demorar te responder, pois fiquei todos esses dias sem computador, rsrsr, obrigado mesmo.
Abraços!!!!
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