18 de março de 2009

Trip receberá em abril jatos da Embraer


O presidente da Trip Linhas Aéreas, José Mário Caprioli, disse ontem à ABETAR que receberá no próximo dia 16 de abril, 4 aeronaves Embraer 175 encomendadas pela companhia.

Os jatos com capacidade para 86 lugares ampliarão a frota da empresa, que hoje conta com 20 aeronaves entre elas os ATR´s 42 e ATR's 72, com capacidade para 50 e 70 lugares respectivamente.

EXPANSÃO - Segundo Caprioli a previsão da empresa é ampliar a sua atuação no mercado nacional e passar de 80 destinos atendidos. No último dia 16, teve início a operação da rota entre Salvador e Petrolina em Pernambuco. Para 25 de abril, a previsão é de que tenha início a rota Salvador a Lençóis na Chapada Diamantina.

"O ano de 2008 foi muito bom para gente pois conseguimos um desenvolvimento muito agressivo. Ao final do ano veio a crise que acendeu a luz amarela e nesse primeiro trimestre sinalizou que ela continua. Nós analisamos que esse é o momento da aviação regional e entendemos que deixar de investir agora seria ruim para o futuro. Nossa previsão para esse ano é investirmos US$ 200 milhões", disse Caprioli.

PARADIGMAS - Para Caprioli é preciso mudar o foco da discussão da ampliação do mercado aéreo: "É preciso quebrar paradigmas. No Brasil temos cerca de 200 mil pessoas andando de ônibus em distâncias que deveriam ser inseridas no sistema aéreo.Eu percebo que tem pouca gente discutindo como vamos criar um sistema aéreo mais eficiente."

Realmente, como disse o presidente da Trip, existe pouca discussão sobre como tornar o transporte aéreo brasileiro mais eficiente. A agência reguladora do setor, a Anac, está totalmente politizada, afastaram técnicos competentes que poderiam levar adiante um processo de melhoria no transporte aéreo.

Pelo jeito, a falta de uma discussão mais completa e séria a respeito da criação de um sistema de transporte aéreo mais eficiente tende a se agravar, pois com o projeto de lei que tira atribuições das agências reguladoras e as transfere ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ligado ao Ministério da Justiça, e à Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, as agências serão reduzidas a meros órgãos fiscalizadores. Atualmente, as agências reguladoras têm três objetivos principais: regulação, concessão de outorgas e fiscalização. Na verdade, trata-se de uma nova tentativa do governo federal de reduzir a autonomia das agências. Desse modo, com toda essa interferência política, percebe-se que o transporte aéreo brasileiro ainda continua com os mesmos problemas de outrora, houve apenas uma amenização, mas a qualquer momento uma nova crise pode estourar.

Fonte: ABETAR

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