29 de julho de 2008

De volta às origens: BRA tentará voltar como empresa de charters

Essa nova tentativa da BRA de voltar como charters é interessante, melhor voltar como companhia de vôos fretados do que ir à falência, destino que será mesmo o da Vasp. Porém, enquanto os irmãos Folegati permanecerem na gestão, a companhia não poderá se recuperar adequadamente, uma vez que os próprios levaram a empresa à bancarrota.

Abaixo segue notícia publicada no jornal Valor Econômico:

BRA tenta voltar como companhia de vôos fretados

VALOR ECONÔMICO (SP) • EMPRESAS • 29/7/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR

A companhia aérea BRA, inoperante desde novembro do ano passado, vai elaborar um outro plano de recuperação judicial como uma das poucas alternativas para evitar a falência. A idéia foi proposta pela administração da empresa e aprovada ontem pelos credores, que deverão avaliar a proposta dentro de um mês. O novo plano estabelecerá que a BRA volte às origens e seja uma companhia aérea de vôos fretados ("charters") - nos mesmos moldes em que a empresa operou entre 1999, quando foi criada, e 2005, ano em que passou a ter vôos regulares. Em comparação com a proposta de recuperação anterior, o modelo de fretamentos exigirá "um aporte de capital menor para a retomada das atividades da BRA, bem como a utilização de um menor número de aeronaves inicialmente", diz a ata da assembléia de credores que aconteceu ontem de manhã, em São Paulo.

O plano anterior previa a operação de vôos regulares em mercados regionais, com aeronaves da Embraer 195 que foram encomendadas pela BRA no ano passado. Contudo, para que isso ocorresse, era necessária a entrada de um novo investidor disposto a aportar cerca de R$ 50 milhões na companhia - sem contar os recursos necessários para a aquisição dos aviões. A administração da BRA contratou a consultoria Rosenberg & Associados para buscar interessados, mas nenhuma negociação avançou. No último mês, houve conversas entre a BRA e a Union National, instituição financeira que cobra R$ 34 milhões da empresa aérea e demonstrou interesse em assumir a companhia. Na semana passada, porém, a Union desistiu oficialmente do negócio.

Na avaliação de dois profissionais da Rosenberg que preferiram não ser identificados, são duas as razões do desinteresse de potenciais investidores: a incerteza em relação à capacidade de a BRA se recuperar e quitar dívidas que somam perto de R$ 250 milhões; e as dificuldades do setor aéreo geradas pela alta dos preços do petróleo e pelo aumento da concorrência no Brasil diante da criação da Azul Linhas Aéreas, do empresário americano David Neeleman.

A falta de investidores e, portanto, da possibilidade de a BRA dar prosseguimento aos seus planos, levou a companhia a estudar um pedido de auto-falência na semana passada. "Foi o que nos restou, a primeira idéia que surgiu antes que se pensasse num novo plano de recuperação", afirma Joel Thomaz Bastos, do escritório Felsberg e Associados, contratado da BRA. "Enquanto houver alguma luz, vamos tentar. Se os credores não aprovarem um novo plano, não terá feito diferença pedir a falência ou trinta dias mais tarde", diz. Segundo Bastos, a proposta que projeta uma BRA com vôos fretados deve ficar pronta por volta do dia 10 de agosto. Ela deverá ser distribuída aos credores para que eles tenham tempo de avaliá-la. No dia 28 do mesmo mês, deverá ser apreciada em assembléia. Os investimentos previstos no novo plano serão infinitamente menores do que no anterior. "Arrisco dizer que será em torno de um décimo dos R$ 50 milhões", diz Bastos. Danilo Amaral, vice-presidente da BRA que está à frente da gestão da companhia, foi procurado, mas não retornou o pedido de entrevista do Valor.

O novo plano deverá manter o item que determina que os credores financeiros, representantes da maioria, troquem suas dívidas por debêntures conversíveis em ações da BRA, conforme a ata da assembléia de ontem.Ainda não está claro, porém, se a nova proposta de recuperação vai manter o item do antigo plano que determinava que os atuais acionistas da BRA façam um aporte de cerca de R$ 35 milhões na empresa para quitar dívidas trabalhistas e ficais.

Os irmãos Walter e Humberto Folegatti, detentores de 58% do capital, injetariam R$ 20 milhões por meio da transferência de três imóveis. A Brazilian Air Partners (BAP), união de sete fundos de participação que detém os outros 42%, injetaria R$ 15 milhões. A BAP é formada pelos fundos Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, Darby, Millenium, HBK, Development Capital, Goldman Sachs e Bank of America.

A BRA entrou em crise financeira no segundo semestre do ano passado e suspendeu todos os seus vôos em sete de novembro, de forma a prejudicar 70 mil passageiros. No dia 30 do mesmo mês, a empresa entrou em recuperação judicial. O caso surpreendeu porque, menos de um ano antes do colapso, a companhia aérea havia recebido investimentos de R$ 180 milhões da BAP. Quando parou de voar, a BRA tinha 1,1 mil funcionários, 3,5% do mercado aéreo doméstico e 5,8% do mercado internacional.

Além da BRA, outras duas companhias aéreas estão em recuperação judicial. A Nordeste, antiga Varig, ainda precisa completar o quadro de credores para deixar o processo. A Vasp, por sua vez, enfrenta sérias dificuldades para dar andamento ao seu plano. Na última assembléia, ocorrida em 17 de julho, a maioria dos credores votou pela falência da companhia. O juiz do caso, Alexandre Alves Lazzarini, da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, ainda deve se pronunciar sobre o pedido. Ele também cuida do processo da BRA. Na segunda quinzena de agosto, termina o prazo de dois anos para que a Vasp coloque seu plano de recuperação em prática. Com nenhuma etapa do plano cumprida, a falência é tida como caminho mais provável.

Fonte: Valor Econômico

Greve na Infraero está marcada para amanhã




Funcionários da Infraero também prometem greve para a próxima quarta-feira (30). Entre as reivindicação está a troca da diretoria da estatal por funcionários de carreira da empresa. Realmente, a Infraero deve ser administrada por funcionários que entendem de administração de aeroportos, e não um bando de apadrinhados políticos, completamente neófitos em infra-estrutura aeroportuária e administração de aeroportos. Vamos ver como o governo vai agir diante disso, só espero que a categoria não desanime e continue firme com essa que considero a mais importante reivindicação em busca de uma profissionalização na alta direção da Estatal.

Abaixo, segue notícia da Agência Brasil, em Brasília:

A menos de dois dias do início da greve em 12 dos 67 aeroportos administrados pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), a diretoria da empresa reiterou sua disposição de negociar com a categoria a fim de evitar a paralisação dos serviços aeroportuários.

Advogados da estatal se reuniram nesta segunda-feira (28) com o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, Ricardo José Macêdo de Brito Pereira, e com a procuradora Adriana Silva Machado. O teor da conversa não foi divulgado.

Na última sexta-feira (25), a estatal já havia adiantado que seus diretores teriam uma audiência com representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho) para falar sobre a greve, agendada para começar a partir de 0h desta quarta-feira (30).

O MPT já vinha atuando como mediador desde o começo da negociação, mas julgou que a renovação do atual acordo coletivo de trabalho já estava encaminhada. Isso porque, no último dia 14, após receber uma proposta da empresa, a categoria suspendeu a greve marcada para o dia seguinte (15).

Segundo o MPT, 84 itens já haviam sido acordados, restando apenas chegar a um consenso sobre o bônus natalino --benefício concedido pela estatal há mais de duas décadas e que os trabalhadores querem que seja incluído no acordo coletivo.

Reivindicações
Além do bônus de Natal, a categoria quer aumento salarial, reajuste do vale alimentação e a implementação de um plano de carreira, entre outras cláusulas. A principal reivindicação, contudo, é a troca de toda diretoria da Infraero.

Para o presidente do Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários), Francisco Lemos, a diretoria da estatal é "intransigente" e demorou muito a apresentar uma contraproposta satisfatória à categoria.

Lemos afirmou que os funcionários exigem a troca dos diretores, que têm contratos especiais, por servidores de carreira da estatal.

Segundo o presidente do sindicato, a greve deve ocorrer no período previsto, pois ainda que se a empresa convocar os representantes dos trabalhadores para uma nova reunião nesta terça-feira (29) não haverá tempo hábil para impedir o início da greve.

"Mesmo nos reunindo [sindicato e empresa], acho meio complicado desmontar a greve antes dela acontecer. Sozinho, o sindicato não pode desmobilizar a categoria, que tem que ser consultada", disse Lemos à Agência Brasil.

Os aeroportuários são responsáveis por serviços como operação de equipamentos de raio-X nos aeroportos, pela fiscalização de bagagens no embarque e desembarque, pelo controle do movimento de aeronaves na pista e pela liberação e manobra de cargas.

Fonte: Agência Brasil

23 de julho de 2008

Recuperação da BRA está em risco


A BRA não está conseguindo manter seu plano de recuperação judicial. A principal dificuldade é encontrar investidores dispostos a colocar mais dinheiro na empresa. Para que volte a funcionar, seriam necessários cerca de R$ 50 milhões. A dívida da empresa é muito alta: cerca de R$ 250 milhões de reais, isso acaba por afastar possíveis investidores. O risco é muito alto, principalmente diante da escalada de preço do petróleo. Além disso, o mercado brasileiro estará mais competitivo a partir do ano que vem, com o início das operações da Azul Linhas Aéreas, além do grande crescimento da Trip, que já se tornou a maior companhia aérea regional do Brasil e em breve operará também com jatos da Embraer.

De janeiro a junho de 2007, a BRA, cujas operações foram encerradas em novembro passado, obteve uma participação de mercado de 3,05%, o que a colocava na quarta posição, logo atrás da VARIG, que possuía 4,19% do mercado. Ainda naquele mesmo período, a BRA ofertou 975.638.000 Assentos-Km, sendo que foram transportados 668.550.000 Passageiros-Km pagos, ou seja, um aproveitamento de 69%, sendo que o aproveitamento do setor havia ficado em 70%.

Abaixo segue notícia publicada no jornal Valor Econômico:

Falta de investidores coloca em risco a recuperação da BRA
VALOR ECONÔMICO (SP) • EMPRESAS • 23/7/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR

A BRA, companhia aérea que parou de voar em novembro do ano passado, tenta dar as últimas cartadas para manter seu plano de recuperação judicial e evitar a falência. Ontem à tarde, os advogados e a administração da companhia reuniram-se para estudar alternativas que se apresentam cada vez mais limitadas. A BRA enfrenta duas grandes dificuldades desde que entrou em recuperação no dia 30 de novembro de 2007. A primeira é atrair um investidor disposto a colocar a companhia aérea novamente em operação, conforme prevê o plano de recuperação. A outra é conciliar os interesses e ações dos atuais acionistas e credores. Dessa sincronia depende a votação do plano. Ele foi apresentado pela BRA em fevereiro deste ano e, até agora, após quatro assembléias de credores já realizadas, ele ainda não foi aprovado nem rejeitado.
A BRA vem buscando um investidor de forma ativa desde março e mirou no setor de transportes, mas não na aviação, segundo pessoas ligadas à companhia. Seriam necessários cerca de R$ 50 milhões para colocá-la novamente em operação.

Entretanto, nenhuma das conversas com potenciais investidores avançou. Dois dos motivos do desinteresse são a crise que o setor aéreo mundial enfrenta devido à alta dos preços do petróleo e o aumento da concorrência entre companhias aéreas dentro do Brasil, com a criação da Azul Linhas Aéreas, do empresário americano David Neeleman. O outro motivo que afasta investidores da BRA é a própria situação da companhia e a incerteza em relação à sua capacidade de se recuperar. As dívidas somam aproximadamente R$ 250 milhões, sendo que a maior parte dos credores é de instituições financeiras. A falta de harmonia entre os interesses de credores, acionistas e eventuais investidores também se tornou uma barreira.
A Union National, instituição financeira credora de aproximadamente R$ 34 milhões da BRA, estudou investir na companhia e desistiu. "Depois de fazer todas as contas, achamos que era um risco muito grande", afirma Mauricio Kattan, diretor da empresa.
O próprio David Neeleman chegou a analisar a possibilidade de investir na BRA no fim do ano passado, mas optou por criar do zero sua companhia aérea brasileira.

Nas últimas semanas, segundo o Valor apurou, a BRA vinha tentando negociar com seus credores financeiros para que eles transformassem suas dívidas em participação acionária e assumissem a companhia. O maior credor isolado e que em vários pontos da recuperação tem o maior poder de decisão é o ABN Santander, que cobra cerca de R$ 86 milhões da BRA. O banco teria analisado a opção de investir na empresa desde que encontrasse profissionais gabaritados para geri-la, o que não ocorreu. Uma alternativa aberta pelo ABN era vender seus créditos para outro credor interessado no negócio por apenas 10% do valor.
Até ontem, entretanto, não havia nenhum outro interessado em discutir o negócio. "Posso garantir que estamos fazendo de tudo para tentar salvar a companhia", afirma Danilo Amaral, vice-presidente da BRA. Segundo o Valor apurou, a companhia estuda entrar com um pedido de auto-falência, caso não haja novos desdobramentos até o fim desta semana.
Um outro ponto importante que emperra o plano de recuperação da BRA é a realização de um aporte dos seus atuais acionistas, os irmãos Walter e Humberto Folegatti e a Brazilian Air Partners (BAP), união de sete fundos de participação - o brasileiro Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, e os estrangeiros Darby, Millenium, HBK, Development Capital, Goldman Sachs e Bank of America. Os Folegatti, com cerca de 58% do capital, injetariam R$ 12 milhões e a BAP, com os 42% restantes, R$ 9 milhões.
O dinheiro serviria para quitar as dívidas trabalhistas (cerca de R$ 10 milhões) e fiscais (cerca de R$ 12 milhões). Sem esses débitos, um novo investidor teria mais segurança em assumir o negócio.

Na última assembléia de credores, ocorrida no dia 3 deste mês, os irmãos Folegatti ofereciam aportar três imóveis de sua propriedade com valor aproximado de R$ 20 milhões. A BAP, por sua vez, aportaria R$ 15 milhões, segundo declaração do vice-presidente da BRA, transcrita na ata da reunião.
Até agora, entretanto, nenhum dos aportes foi realizado. Nos bastidores, comenta-se que há resistência dos dois lados. Para a BAP, especialmente, o caso da BRA seria uma "página virada".
Sem os recursos dos acionistas e sem a perspectiva de um novo investidor, os credores até hoje não aprovaram o plano de recuperação judicial. Também não o rejeitaram, pois isso levaria a companhia à falência imediatamente. A BRA também não conseguiu transferir o contrato de compra de 20 aeronaves do modelo 195 da Embraer à Union, como previsto. A instituição financeira desistiu de adquirir os aviões e arrendá-los à BRA quando esta voltasse a operar.

22 de julho de 2008

Construção de aeroporto privado em São Paulo é discutida pelo governo

O início das discussões do governo federal com a iniciativa privada para a construção, na região metropolitana de São Paulo, de um aeroporto para vôos internacionais demonstra a incapacidade do governo em fazer investimentos vultosos para a construção e até mesmo ampliação de aeroportos.

Uma vez estabelecidas regras bem definidas, e que não mudem no meio do caminho por interesses meramente político-ideológicos, é válida sim a idéia de atrair investimentos privados para o setor de infra-estrutura aeroportuária. Por exigir investimentos vultosos e de retorno no longo prazo, é necessário um marco regulatório eficiente. Desse modo, é urgente a criação de um ambiente propício para o investimento privado nesse setor, haja vista o crescimento do tráfego aéreo nacional e internacional nos últimos anos, principalmente na região metropolitana de São Paulo. Para tanto, o volume de investimentos é alto, e o governo não tem condições de arcar com tudo sozinho.


A situação é crítica, pois durante a Copa do Mundo no Brasil, daqui acerca de seis anos, o país deve receber mais de meio milhão de turistas durante a competição. Somado a isso, os torcedores devem viajar de seis a oito vezes para acompanhar as partidas., conforme declarou, na segunda-feira (21), o vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Adalberto Febeliano.


Ainda conforme o representante da Abag: "Precisamos começar a modernizar nossos aeroportos e construir novos, senão, quando chegar a Copa não haverá tempo hábil para atender esse fluxo de passageiros". Ele lembrou que o processo de construção e de modernização demorará cerca de seis anos.

Abaixo, segue notícia publicada pelo jornal Gazeta Mercantil:

Governo discute construção de aeroporto privado em SP
GAZETA MERCANTIL SP (SP) • NACIONAL • 22/7/2008 • PASTA ECONOMIA / POLÍTICA BR
O governo federal mantém discussões internas com um grupo privado interessado na construção de um aeroporto para vôos internacionais na região metropolitana de São Paulo. De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, as conversas vão "muito bem". Segundo ele, "a decisão deve vir logo, insistirei para que saia rapidamente".

Para o ministro, este novo projeto deve compensar o atraso nas obras de expansão do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). "São Paulo pode ter um outro aeroporto e Congonhas deveria ser utilizado para voos regionais", afirmou o ministro durante encontro com o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACS), Alencar Burti, e representantes do setor do comércio para apresentar as medidas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

A combinação de real sobrevalorizado, elevações nas taxas de juros e as pressões inflacionárias não representam um obstáculo para os investimentos, na opinião do ministro. Para ele, o País atravessa um período passageiro que é consequência do aumento de preços dos alimentos e do petróleo. Apesar deste quadro, grandes investimentos estão sendo anunciados no Brasil. "Os empresários brasileiros criaram um casca bastante grossa em relação a percalços econômicos", declarou.

A inflação permanece como uma preocupação do governo e terá o envolvimento direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na adoção de medidas que impeçam o seu retorno." Todos os ministros tem de estar preocupados com isto e ele (Lula) pessoalmente vai atuar fortemente para que não tenhamos o retorno da inflação"

O ministro afirmou que não tem receio do retorno da inflação. "Os investidores não temem também porque há importantes anúncios de investimentos sendo feitos no País dentro desta perspectiva de que a inflação fique próximo da meta superior", afirmou. O ministro acredita que deverá haver uma nova elevação na taxa de juros para conter os repiques inflacionários. "Avalio como absolutamente necessário. Entre ter (alta de) juro e inflação , eu prefiro o juro. Mesmo depois de dois aumentos da taxa de juros, os investimentos continuam vindo fortes", declarou.

Segundo ele, a própria Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reconhece que é necessário tomar medidas para que a inflação não volte. De acordo com Miguel Jorge, esta posição foi expressa pelo diretor da entidade, Paulo Francini, que declarou recentemente que é melhor, nesta fase, ter um juro maior do que uma aceleração inflacionária.

Para Miguel Jorge, as estimativas do relatório Focus, divulgado ontem, que aponta inflação no ano acima do teto da meta, devem ser avaliadas "com muito cuidado". Para o ministro, "até agora os analistas erraram sistematicamente em todas as avaliações que fizeram da economia brasileira. Eu prefiro esperar até o fim do ano para depois comparar o que os analistas previram com o que realmente acontecer."O superávit comercial não deve ser uma preocupação, na avaliação de Miguel Jorge. O importante é haver um "equilíbrio".

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)(Jaime Soares de Assis)

18 de julho de 2008

Gollog e Emirates SkyCargo Firmam Parceria para Transporte de Cargas

A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. anunciou que a Gollog, sua unidade de negócios de transporte de carga, firmou parceria com a Emirates SkyCargo, divisão cargueira da Emirates Airline, para o transporte de carga para todos os destinos operados pelas duas companhias.

Segundo os termos do acordo, a Gollog utilizará as aeronaves da GTA e VRG para transportar carga originária dos 59 destinos servidos pelo Grupo no Brasil e América do Sul, e desembarcá-la no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Ao chegar em Guarulhos, a carga será transferida para uma aeronave da Emirates rumo a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. De Dubai, a Emirates distribuirá a carga para mais de 101 destinos, em 62 países, onde será entregue ao seu destino final. Por sua vez, carga embarcada para São Paulo pela Emirates SkyCargo será transferida para vôos da GTA e VRG e transportada ao seu destino final por meio da malha de vôos domésticos e internacionais da GOL Linhas Aéreas Inteligentes.

“É um privilégio para a GOL, por meio da GOLLOG, ter sido escolhida para transportar as cargas da Emirates. Essa parceria demonstra a capacidade da nossa equipe em atender às novas exigências do mercado, além de oferecer mais uma alternativa para os nossos clientes,” afirma Tarcísio Gargioni, vice-presidente de Marketing e Serviços da GOL Linhas Aéreas Inteligentes. “Ao trabalharmos juntos, esperamos incrementar as relações comerciais entre América do Sul, Oriente Médio e Ásia, beneficiando as exportações”.

A Emirates SkyCargo opera na linha entre São Paulo e Dubai com sete freqüências semanais. Segundo dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, as exportações brasileiras transportadas por via aérea para países árabes aumentaram cerca de 60% desde que a empresa entrou no mercado, passando de 2.200 para 3.400 toneladas.

Fonte: Gol Linhas Aéreas

Passaredo compra TCAS II


A Passaredo divulgou ontem que deverá concluir a instalação do TCAS II até o dia 4 de agosto, prazo estipulado pela Anac para não suspender a licença para voar da companhia. Há duas semanas, a Anac anunciou que suspenderia o certificado de aeronavegabilidade de 25 aviões de dez empresas, por falta do aparelho. Na Passaredo, duas das quatro aeronaves não possuíam o equipamento. Em um comunicado, a companhia afirma que começou a instalar os dois TCAS na semana passada. "É um equipamento que se instala em etapas. Estamos aproveitando os períodos de ociosidade das aeronaves para o trabalho", diz o presidente José Luiz Felício.

Fonte: Jetsite

Movimento nos Aeroportos da Infraero até Junho



A Infraero já disponibilizou no seu site o movimento operacional nos seus 67 aeroportos durante o acumulado desse ano, até junho. O tráfego de passageiros apresentou crescimentos significativos, principalmente no internacional (motivado principalmente pela valorização do real frente ao dólar), enquanto a movimentação de carga aérea manteve-se praticamente estável tanto no doméstico quanto no internacional. Quedas expressivas mesmo aconteceram no movimento de malas postais, tanto no tráfego doméstico quanto no internacional.

O total de passageiros transportados (embarque mais desembarque, incluindo conexão, sem militar) foram 57.456.744, sendo que desse total, 50.870.478 passageiros foram no mercado doméstico, representando um crescimento de 4,10% com relação ao mesmo período de 2007. Já os embarques e desembarques internacionais totalizaram 6.586.266 passageiros, representando um crescimento de 6,92% com relação ao mesmo período do ano passado.

Já a quantidade de carga aérea e mala postal (embarque mais desembarque, incluindo cargas em trânsito) apresentaram quedas. A quantidade de carga aérea movimentada no mercado doméstico foi de 294.945.057 kg, o que representa uma pequena queda de 0,09%, ou seja, manteve-se praticamente estável. No mercado internacional, por sua vez, a movimentação caiu 1,95%, saindo de 337.684.852 kg, até junho de 2007, para 331.116.098 kg no mesmo período de 2008. O movimento de malas postais no mercado doméstico ficou em 116.252.416 Kg, indicando uma queda de 31,67% com relação ao mesmo período de 2007. Já no mercado internacional, o movimento de malas postais caiu expressivos 76%, ficando em 6.258.726 Kg no acumulado de 2008.

A movimentação de aeronaves (pouso mais decolagem, sem militar) no mercado doméstico foi de 961.377 unidades, crescendo 4,80% com relação ao mesmo período de 2007. No internacional, a movimentação ficou em 81.354 unidades até junho desse ano, representando um crescimento de 3,31% com relação ao mesmo período de 2007.




9 de julho de 2008

Aéreas transportaram 51 milhões de passageiros em 2007



Até que enfim a Anac, ou melhor, "Anacrônica", como diria Gianfranco Beting, divulgou o Anuário Estatístico de 2007. Ainda está faltando o Anuário Econômico, pode ser que até o final desse ano a agência divulgue. Bom, vamos aos números do Anuário Estatístico:

Em 2007, um total de 51.028.617 passageiros embarcaram em vôos doméstico e internacional, representando um crescimento de 6,97% com relação a 2006. Apenas no mercado doméstico foram 45.960.698 passageiros embarcados,o que representa 6,90% de crescimento quando comparado a 2006.O setor internacional cresceu um pouco mais, saindo de um total de 4.710.309 passageiros embarcados em 2006 para 5.067.919 passageiros embarcados em 2007, ou seja, crescimento de 7,59%.

É interessante observar que dentro do período total disponibilizado pela Anac (1995-2007), o número de passageiros embarcados no mercado doméstico apresentou um crescimento acumulado de 44,75% no período 2005-2007, após recuperação, em 2004, do decréscimo de 8,09% apresentado em 2003 com relação a 2002: em 2004, houve crescimento de 9,58%, em 2005, 21,88% e em 2006, 11,09%. Abaixo, segue tabela com o total de passageiros embarcados no período 1995-2007 nos mercados doméstico e internacional, e a variação percentual ocorrida em cada ano.


Total de Passageiros Embarcados
Ano/Δ% Total Doméstico Internacional
1995 16.788.234 12.004.584 4.783.650
1996 21.551.894 17.194.474 4.357.420
Δ% 28,37
43,23
(8,91)
1997 26.364.534 20.220.913 6.143.621
Δ% 22,33 17,60 40,99
1998 33.798.014 27.425.015 6.372.999
Δ% 28,19 35,62 3,73
1999 32.660.057 27.726.741 4.933.316
Δ% (3,36) 1,10
(22,59)
2000 33.989.176 28.995.282 4.993.894
Δ% 4,06 4,57 1,22
2001 36.001.448 31.139.700 4.861.748
Δ% 5,92 7,40 (2,65)
2002 35.923.807 31.528.561 4.395.246
Δ% (0,22) 1,25 (9,60)
2003 33.420.071 28.976.831 4.443.240
Δ% (6,97) (8,09) 1,09
2004 36.865.322 31.752.625 5.112.697
Δ% 10,31 9,58 15,07
2005 44.504.115 38.699.154 5.804.961
Δ% 20,72 21,88 13,54
2006 47.702.443 42.992.134 4.710.309
Δ% 7,19 11,09 (18,86)
2007 51.028.617 45.960.698 5.067.919
Δ% 6,97 6,90 7,59
Fonte: Anac-Anuários Estatísticos


Depois postarei mais informações que podem ser tiradas a partir dos dados do Anuário Estatístico 2007.